domingo, 13 de maio de 2012

Sopro Cósmico


O vento sopra onde quer e ninguém sabe de onde vem e nem para onde vai. Também o Espírito flui onde quer com maior ou menor intensidade, segundo a abertura de nosso coração e a graça de Deus.
Muitas vezes, não vemos saída viável para determinada situação que nos parece caótica. Mas, além e acima de tudo, está o Espírito que impulsiona e dirige as pessoas e os acontecimentos de forma útil. Pois estamos em espirais ascendentes de vida cósmica, sempre em transformação.
Nossa atenção é como o foco de uma lente que tudo amplia; quer seja ela dirigida ao mais profundo de nosso ser, para nos mostrar a vida em trabalho evolutivo, sobre nós e sobre a unidade planetária, a qual pertencemos; quer paire fraca sobre a superfície do ser.
A energia do amor, em dimensão cósmica, é a força que movimenta o nosso universo e da qual podemos haurir todo o necessário à cura da humanidade, ou nossa própria cura interna e externa.
Cada vez está sendo mais usada e divulgada a energia que flui sobre a Terra e que é canalizada das mais diversas formas; das mais criativas e inesperadas, superiores e transformadoras, às mais comuns e triviais.
O trabalho evolutivo vai se ampliando através da prece, da meditação, da ação altruísta ou também através do uso correto da imposição das mãos, da projeção de cores, do uso do som e da música, ou do toque energético em vários níveis.
O vento espiritual está soprando fortemente sobre toda a vida do Planeta, afetando de formas diversas a Terra, as águas, as plantas, os animais e os homens.
Essa vibração intensificada, esse movimento cíclico e cósmico que tudo atinge e altera já é perceptível por qualquer um que ligar seu próprio radar na força e no ritmo das atuais correntes e frequências que varrem o Planeta; desde o seu subsolo até os ares e éteres. Somos um todo ou o universo ao qual pertencemos e tudo que pensamos, falamos ou fazemos repercute no nosso interior e no todo à nossa volta.
Se não houver em nós sintonia e vigilância perderemos as melhores oportunidades desse tempo de transformação e transmutação da consciência. Hoje o trabalho da ciência, da filosofia e da mística se encontram dizendo coisas muito semelhantes em linguagem própria a cada uma.
O rebanho precisa reconhecer sua unidade e o único Pastor que a todos chama e atrai. As luzes já penetram as mentes mais densas e as transformam e mostram metas novas e mais sutis a toda humanidade.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Não oculte sua Luz


Nessa época de efervescência espiritual que está movimentando a maioria dos países ocidentais, sobretudo, através de religiões, seitas, filosofias, rituais, iniciações, ciências quânticas, etc. uma coisa parece clara se observarmos bem.
Há muita gente complicando o que é simples e ao alcance de todos, para letrados e iletrados, adultos, velhos e crianças. O meio é um só, claro e singelo, porém, a maioria gosta de mistérios, segredos e grupos reservados e por isso eles estão também aí para que ninguém fique de fora da espiritualidade.
Jesus deu a fórmula mais simples, eficaz e sintética que existe e que, até hoje, não foi superada. “Ama a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a ti mesmo.” Isso é tudo o que se precisa, é a lei e a graça ao mesmo tempo. Não é fácil para nós, iniciantes do caminho superior, e não é apenas o principal, mas é tudo.
Qualquer via para as dimensões superiores, seja no oriente ou no ocidente, que tenha essa base ou outra equivalente passa sempre por essas verdades claras e primordiais. Essas propostas de Jesus estão incluídas em todos os caminhos corretos até mesmo naqueles aparentemente pouco religiosos como os científicos e os sociais abrangentes.
O amor impessoal inclui o respeito, abrange tudo e todos os seres viventes numa expansão de claridades, sutilezas e conhecimentos novos que o verdadeiro amor proporciona. É também um processo de pacificação da mente e de alegria do coração em todas as circunstâncias.
Na Índia, Ramakrishna diz: “as pessoas choram baldes de lágrimas pelos parentes que morrem, pelos filhos rebeldes, pelos maus negócios, pelos amores infelizes, etc.” E pergunta: “mas quem chora porque não teve ainda percepção clara ou contato direto com a presença de Deus?”
O amor a Deus, ao Criador, é um processo ativo onde todo o nosso ser se empenha disciplinadamente todos os dias para um contato com o Pai – assim como um grande amante quer sempre notícias de seu amor. O amor a Deus é um trabalho real de reconhecimento da onipresença e de sua onisciência, em si mesmo e em todos os outros onde quer que estejamos.
É preciso crermos no que é real e não na aparência imperfeita daquilo que não é ainda manifestado em toda sua plenitude. Crer no defeito humano é crer que uma criança pequena nunca chegará à sua maturidade para se expressar de forma diferente; é pois condenar o infantil e imperfeito e não ver ali a futura maturidade, a plenitude do ser.
- E o amor ao próximo? – Esse então nos parece mais difícil ainda se não desenvolvemos a idéia do Deus onipresente. Porque o próximo, seja ele parente, colega, amigo e até inimigo, povos de todas as raças, cores e regiões do Planeta formamos uma única unidade.
Um filósofo persa diz que não podemos, numa árvore, amar uma folha e rejeitar a outra, querer que um galho floresça e que o outro morra. Somos uma unidade, um todo, e a onipresença divina está apenas mais perceptível em alguns e menos em outros – ou talvez a nossa visão é que esteja imperfeita no nosso julgamento falso do que nos rodeia.
Como amar a Deus em alguns e rejeitá-Lo em outros? Temos que chegar um dia a ser como o sol que a tudo ilumina e aquece, que brilha e irradia a sua glória de parcela do Universo. Então, ainda na matéria, participaremos de outras dimensões de forma consciente ou mais sutil.