quinta-feira, 26 de junho de 2014

Vida Infinita

Somos todos um ponto de consciência dentro da infinita e onipresente consciência de Deus. Quer no corpo físico, na mente ou na alma, somos permeados pela vida infinita do Criador. Nele nos movemos e fora dele nada há.
       Cumpre ao homem, portanto, trabalhar para chegar à experiência real e cada vez mais completa, dessa sua unidade e participação na vida do Cristo em união com o Pai. Saber, mas não experimentar essa verdade nos deixa vulneráveis e ansiosos.
       Experimentar Deus como Aquele que, através de cada um, quer manifestar sua vida abundante e eterna é a meta e o trabalho para todos os que já reconheceram seus níveis de vida além da matéria limitadora e densa.
       Há uma só fonte e uma só vida permeando tudo e dando a cada um, em cada etapa do despertar, um grau de reconhecimento de sua origem, sua semelhança e sua unidade.
       Portanto, toda a criação de Deus é também sua manifestação e expressa um grau de sua consciência como energia de vida, crescimento e realização da real natureza do ser.
       Os mistérios se aclaram na medida em que os compreendemos como expansão da consciência de Deus em nós.
       O intelecto pode aceitar como real essa verdade de união e semelhança com o Pai, porém, enquanto não se chega à experiência direta dessa comunhão, o batismo do Espírito, não se usufrui de seus frutos infinitos.
       Há sempre, para nós, uma realidade de limites puramente humanos e transformáveis, que nos encobre o Caminho e a Verdade até que alcancemos a almejada percepção da natureza de nossa essência.
     Enquanto não vivenciamos que somos todos expressões de Deus, provisoriamente em veículos de manifestação física, não alcançamos a Verdade que liberta, ou a Vida em plenitude que nos trouxe o Cristo; exemplificando-a com palavras e atos. Dentro dessa consciência maior queremos sempre servir e trabalhar pelo bem coletivo e nunca ser servidos. Manifestar luz e nunca aumentar as escuridões já existentes nos níveis da ignorância ainda não desperta.

domingo, 22 de junho de 2014

Vida Planetária

Outro dia alguém dizia que não é a humanidade que está evoluindo e atingindo a sabedoria. É, ao contrário, a sabedoria que está fluindo em canais mais limpos, sensíveis e disponíveis, e assim, atingindo os planos físicos ou densos da humanidade.
       Toda a nossa vida externa e temporal é transitória e está em processo de rápida transformação, de purificação e refinamento das energias. O real e eterno é a Vida que nos permeia, o Espírito que nos une à Fonte única, àquele estado luminoso de ser e de expressar-se dentro do plano superior.
       Nessa mudança cíclica, pela qual estão passando o planeta Terra e seus habitantes, muitos portais de conhecimento estão se abrindo, interna e externamente, para que todos encontrem sua forma de regressar ao Pai. Ao Pai que é amor e que é atração contínua, procurando elevar todos os seus filhos a Ele, ou à sua semelhança.
       Cristo prometeu que indo para o Pai atrairia  todos a Ele. E é a energia crística do amor que procura agora, de várias formas, expressar-se naqueles canais que se purificam e que encontram sua sintonia mais profunda com a luz. A luz que nesse início de era nova jorra sobre o planeta e os homens.
       É preciso apenas que cada um realize sua possível polarização com aquele núcleo de Vida que é a sua realidade eterna e que sempre está presente.
       O ser humano tem uma semente de vida que não tem começo e nem fim porque procede do Pai. Cabe a cada um conscientizar-se disso e procurar viver dentro desta realidade.
       Precisamos nos integrar naquele plano e energia que correspondem à nossa natureza superior. É preciso deixar aflorar o que somos e diminuir o que apenas aparentamos.
       É preciso que o Cristo cresça em nós e o ego diminua. É necessário confiar no nível superior, na força crística que habita cada um com seus átomos divinos. A volta à casa do Pai compreende esse reconhecimento do que somos em origem e potencial. Somos semelhantes a Ele e convidados ao regresso pelo caminho da harmonia, da purificação e do amor, pelo aperfeiçoamento de nossas energias sempre que nos abrimos à graça e à luz eterna do Pai.

domingo, 15 de junho de 2014

Nossa opção

Durante toda a nossa vida temos oportunidades para fazermos experiências humanas comuns, externas e experiências internas de paz e unidade com a fonte do Criador. Dependendo de nossa escolha e área de trabalho, colhemos resultados físicos e mentais, limitados e dirigidos por nossa consciência humana; ou ilimitados e conectados com nossos planos intuitivos superiores unidos ao Pai.
            Nosso trabalho, portanto, quando acordamos para a meta real a ser conquistada, é sempre ordenarmos nossa vida de forma a deixarmos tempo e espaço para a ampliação da consciência em direção à  luz e ao reconhecimento do que somos dentro da onipresença e onipoder de Deus.
            Quando conseguimos uma transformação pela aspiração e aperfeiçoamento da mente e do caráter e pelo aquietamento da mente, para atingirmos além dela o limiar onde só o bem existe e a verdade impera, então renascemos no Espírito.
            Cada um pode ter o seu especial processo de aproximação com a experiência da luz de Deus. Mas se reconhecemos que Deus é onipresente e devemos fazer da mente um instrumento capaz de constatar, periodicamente, e depois sempre, esta presença que nos dá vida, nos mostra o que realmente somos. A prece, a meditação e o serviço ao próximo nos preparam para esse contato.
            Pela manhã, ao acordarmos, devemos mergulhar nessa consciência, assim por ela somos guiados por todo o dia, longe dos erros e das violências. Se amanhecermos banhados na luz do Cristo e voltarmos a ela várias vezes ao dia, por pequenos momentos, estaremos abrindo e iluminando nossos caminhos na vida prática exterior e purificando as energias internas.
            Ficando, porém, ausentes da luz, tudo fica envolto pela atmosfera coletiva do mundo e do nosso ambiente, que ora está claro, ora denso, ora escuro, cheio de dúvidas, medos e agressividades.
            A mente é instrumento de criação, por isso, o que semeamos na carne dela colheremos os frutos, mas o que semeamos no Espírito dele retiramos os contatos com a graça e a vida superior. A mente trabalhando em nível humano luta com seus limites mas, quando ela se purifica e atinge o nível da alma alcança harmonia e luz  se liberta de muitos fenômenos indesejáveis.
            É preciso, portanto, chegarmos a perceber que está dentro de nós o Filho de Deus vivo.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

O íntimo do Ser

O homem contemporâneo não sabe falar de Deus porque não sabe senti-lo e nem como aproximar-se dele, diz George Waxemberge.
            Realmente é assim, se o homem não busca uma forma pessoal ou em grupo de, literalmente, sentir a presença de Deus – Deus nele e ele em Deus – dificilmente viverá o plano divino de sua alma, pois vai começar a duvidar de sua existência e a cair no vazio da dúvida e na fraqueza espiritual. 
A humanidade chegou a um ponto de sua evolução que não quer apenas ouvir falar de Deus, mas quer sentir sua presença e sua ação, sua emanação de luz e seu poder de transformação. E para isto tem que chegar-se a Ele, senti-lo, vivencia-lo na medida de sua possibilidade e profundidade espiritual.
O homem se transforma quando esta transformação vem do mais íntimo do seu ser, quando ele não apenas quer elevar-se, expandir sua consciência, mas, sobretudo, quando trabalha intensamente para isto. E este trabalho, nunca é algo de grandioso ou fora do comum, mas é sempre a possibilidade de viver o dia a dia de forma cada vez mais harmoniosa e fraternal. É a condição de saber conviver bondosa e alegremente com aqueles que nos são, ou que estão mais próximos.
Cada dia nos é dada uma nova chance de aperfeiçoamento, de reconciliação, de harmonização com todos que nos cercam. Roupas, distintivos, alimentação, cursos, grupos, analistas, etc., por si só, de nada valem se não houver aquela querência íntima e profunda de transformação; para que se faça a vontade de Deus e não a nossa.
Se o homem tem uma alma ele deve sentí-la e conhecê-la, diz Swami Vivekananda, do contrário passará a duvidar dela. E ela, como a semente, só se manifesta quando o terreno e o “clima” são propícios.
Esta interiorização, este autoconhecimento e autotransformação - salvo raros casos – são gradativos e cheios de conquistas pequenas que não podem ser abandonadas, se queremos, realmente, chegar a um resultado positivo.
Alguns oram e meditam em Deus, em Cristo ou na Mãe Divina, outros apenas indagam: - Quem sou eu, repetidas vezes; uns procuram esvaziar a mente, reduzir os pensamentos até que a presença divina se manifeste; outros apenas esquecem-se de si mesmos, no trabalho e serviço ao próximo, na paciência e dedicação às crianças, aos velhos e aos doentes.

Entretanto, lamentavelmente, a grande maioria nada faz de real e constante para encontrar Deus ou a própria alma, para reconhecer a onipresença, para perceber seu ponto de contato real com Deus. E então, vendo, crendo e agindo apenas no mundo material, desligado da seiva do espírito o homem permanece nas trevas exteriores, no medo, na angústia, na revolta ou na agressividade inadequada.