Uma dinâmica corrente de vida e luz envolve o nosso mundo enquanto a
humanidade a ignora perdida que se encontra em seus limites de bens materiais,
de violência, de ganância, de artifícios e de separatividades raciais e
religiosas.
A cada dia a consciência da maioria se centra mais nos problemas e valores
terrenos, sem elevar os olhos para o azul do céu e a luz do sol e para a
libertação do homem.
Estamos num tempo de visível transição em todos os níveis de expressão e
manifestação e não nos entregamos a uma diretriz interna mais firme capaz de
nos libertar; e não trabalhamos no crescimento da fé no plano superior, visando
apenas nossa breve passagem pela matéria mutável a cada hora.
É tempo de invocar o que há de mais rico e mais profundo em nosso ser ainda tão
pouco reconhecido em sua inteireza e potencialidades. Essa imagem do Pai
Criador está tão apagada em alguns homens que dificilmente podemos
reconhecer-lhes qualquer semelhança com o divino e o Superior.
Passarão os tempos, porém, não passará a vontade e o plano de Deus para cada
Ser. Mas aqueles que hoje despertam quer pela ciência, quer pela filosofia ou a
mística, estão expandindo sua consciência para níveis antes insuspeitados.
Por mais tropeço que se tenha no caminho, há sempre uma luz a guiar aqueles que
a buscam ou tentam irradiá-la. As forças involutivas e retrógradas procuram
barrar os caminhos e derrubar a confiança onde as claridades são mais
evidentes.
É hora então de se manter firme na fé e na vigilância para não se sucumbir às
dúvidas ou ao medo paralisante.
Há um só poder criador e uma só lei de harmonia e amor, é preciso, portanto,
que nunca nos desliguemos dela, para não abrirmos espaço para as sombras e os
desânimos que procuram se infiltrar.
Dentro de cada ser está o Cristo
que veio para nos trazer vida, e vida em abundância. Só quando não recebemos
dessa fonte viva, por nosso afastamento dela, de sua força e alegria, é que
podemos nos sentir fracos e desamparados ou perdidos. O tempo urge e a
transformação se impõe a partir de cada um.