Nada mais perigoso e irreal, para o ser humano, de que fazer
a própria felicidade depender mais dos outros do que do próprio centro interno
de luz. É dentro que está a chave de paz e alegria, é ali que há possibilidade
de contato com as energias superiores (ou a graça).
Muitos se julgam infelizes e caem em depressão, por estar
sempre buscando fora o que encontra dentro. É mudando dentro que a vida começa
a mudar do lado de fora. “Vós sois a luz do mundo”, disse o Mestre, mas a
humanidade só está confiando na eletricidade externa que vem das usinas
humanas. A eletricidade também não é visível, mas seus efeitos o são. Há outras
energias e forças muito mais sutis nos centros internos do homem.
Fazendo nossa felicidade depender de pessoas, situações e
exterioridades, abandonamos o caminho interno da sabedoria e da paz, únicas
fontes que podem satisfazer o homem, sem deixá-lo frustrado.
É comum as pessoas culparem os outros ou os acontecimentos
por suas depressões: ninguém me ajuda, ninguém se importa comigo ou se
interessa por mim, tudo está saindo errado comigo, etc., etc.
Só há um conselho válido para estas pessoas. Mude
internamente, acenda a própria luz e pare de queixar-se. Viemos para servir e
não para ser servidos; para compreender e não para sermos compreendidos; para
amar, e não para sermos amados. Os deprimidos esquecem-se, quase sempre, que é
“dando que se recebe” e que a mudança só pode vir de dentro, por um esforço
próprio, na direção da luz.
Para uns a depressão pode ser um impulso que vai levar a
pessoa mais longe, mais depressa, ainda que de forma dolorosa; outros porém,
perdem tempo apegando-se ao negativo, com pena de si mesmos e sem fazerem nada
de positivo no caminho interno. Só creem no externo.
A finalidade da vida neste plano material é colhermos
experiências e expandirmos a consciência, atingindo níveis superiores; contatos
com o Cristo interno. É ali a porta estreita que nos leva à casa do Pai. E para
lá todos devemos regressar um dia.
Não estamos aqui para que tudo ande certinho e fácil a nossa
volta, do contrário, não aprenderíamos a vencer dificuldades. Vida é movimento
e movimento é trabalho à plenitude. Porém, se o trabalho não se inicia em nós
mesmos, será inútil culpar a Vida, os outros ou o destino, por nossos problemas
e aparentes fracassos. Pois tudo é lição.
Nossa mente é de luz, falta-nos apenas crermos firmemente
nisso e começarmos a deixar que a luz se expresse a cada dia em nós. As energias
da nova era começam a exigir de todos um trabalho mais mental, mais interno,
mais espiritual e isso é muito bom.