quinta-feira, 21 de junho de 2018

Somos uma síntese


Cada ser humano é uma síntese, ou manifestação física daquelas ideias e ideais nos quais acredita primordialmente.  O que confunde a muitos é não terem em mente clareza daquilo em que acreditam.
Temos, quase todos, um misto de crenças, esperanças e probabilidades e, se não trabalhamos para nos definir, permaneceremos confusos para o resto da vida.
O que crê no sucesso pela força é um violento primário, o que crê na recompensa pela fraude é um ladrão, o que crê sobretudo no dinheiro é um ganancioso e ambicioso. Todas essas e muitas outras energias densas e primárias, cedo ou tarde, terão que ser transmutadas para que se manifestem as potencialidades superiores a que toda a humanidade  é destinada.
O que já crê na fraternidade, no amor impessoal e em outros valores da alma, já está saindo do trabalho de evolução da personalidade e entrando em campos de energias mais sutis e de maior luz mental. A realidade se mostra aí, em maior profundidade, beleza e inclusividade.
Vivemos hoje um período complexo, mas precioso, de transição. Estamos saindo de uma era marcada pelo egoísmo personalista, pelo fazer e ter descontrolados, e estamos sendo influenciados pelas novas energias que chegam ao planeta. Vislumbramos o tempo da integração, da unidade e, por isso, se formam tantos grupos em áreas diversas e começamos todos a compreender a importância da cooperação em tudo, para toda a humanidade. Cada vez mais, um maior número de pessoas abre-se ao influxo das novas energias.
A presença do Cristo interno deve brilhar em todos e dissolver a escuridão, a confusão e a desarmonia que hoje se vê.
Hoje, cientistas e místicos se aproximam, hábitos e gestos vazios se desfazem para dar lugar ao real em nós. É hora, não apenas de se falar em Cristo, mas de perceber sua energia fluindo e iluminando ideias e emoções em nós. É hora de conhecermos o mundo de energias –positivas e negativas- que nos rodeiam, e de sabermos como estar em harmonia com elas, para permanecermos em novas dimensões.
O novo tempo exige método, disciplina e estudo.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

O dom do Tempo


Hoje, todo mundo corre, todos se agitam e reclamam que não têm tempo para nada, que vivem cansados. Adiamos mil deveres e até prazeres por falta do precioso tempo. E quem mais entra corre-corre pensa que melhor age. Entretanto, são poucos os que observam e avaliam o próprio ir e vir, e as finalidades desse constante agitar-se.
O tempo nos é dado como um dom da Vida Uma, para esse plano de trabalho, cuja meta é a expansão da consciência, o treinamento da mente, a ação em benefício da coletividade e o desenvolvimento das experiências de contato com a fonte divina, a alma, o ser crístico.
O tempo é sempre útil quando usado para o aperfeiçoamento interno e externo, junto à coletividade, com a qual nos relacionamos diariamente.
Na nossa partida para outras dimensões, ficam aqui os apegos, os egoísmos, a futilidade, vaidades e inutilidades. Levamos apenas o que experimentamos, o que crescemos, o que purificamos ou não, o que somos. Por isso, a ação do transformar-se para melhor, a cada dia, é essencial, o ir e vir para ajudar é precioso, o irradiar luz é fundamental.
Há uma bagagem única que pode ser acumulada no tempo de vida que nos é dado na matéria; é aquilo que experimentamos, aquilo que acrescentamos, disciplinamos ou conquistamos em nossas emoções, pensamentos, ações ou palavras.
Tudo o mais é externo e fica na superfície do ser, do lado de fora de nossa vida futura. Por isso, precisamos pedir sempre aquela orientação capaz de nos revelar o essencial, o fundamental em nossa ação diária, para não nos perdermos num desgaste e num esgotamento inútil e improdutivo. O lado real da vida, o que prossegue conosco, tem leis muito definidas e que se cumprem sempre.
Não somos seres isolados, neste ou em outros mundos. Somos uma coletividade que cresce, que aprende – harmoniosa ou dolorosamente ou dolorosamente – somos um grupo que faz experiências e que pode ajudar-se mutuamente, sempre que sejamos indivíduos despertos em nossa estrutura interna. Uns estão à nossa frente, outros ao nosso lado, alguns atrás de nós, mas todos são irmãos de jornada e de aprendizado.
Tempo e distância são ingredientes deste mundo físico, que hoje habitamos. De nada vale correr, cansar ou revoltar-se, se o trabalho feito não resultar em luz e sabedoria, em conquista e crescimento para si e para os outros.