Neste tempo fértil de oferendas claras temos as mãos repletas de dádivas e, distribuí-las, é o ritual mais belo que nos foi proposto. Muitos permanecem, ainda, no cotidiano de incertezas e nesse amanhecer violento eles não conseguem captar o perfume novo que envolve a terra. Por isso as palavras vêm para amenizá-los.
Agora, ao amigo que nos falasse de renúncia à beleza, diríamos que ele não conhece os frutos do tempo, nem a plenitude da terra quando a vida atinge sua realidade.
A força é o signo das dádivas perfeitas e a doação sua glória. Quem comunga com o silêncio profundo, que tudo fecunda, conhece o amadurecimento das palavras que brotam de fontes puras e vibrações libertas. Assim, muitos trabalhos são feitos para os irmãos menores, pois outros o fizeram para nós e cada um tem a justa medida de seu passo e não o pode ultrapassar.
Quando as luzes começam a ascender-se as formas se revelam, os véus se fazem transparentes e liberdade e realidade se confundem.
Para cada amigo planta-se a rosa antiga que abrirá, no tempo certo, para que todos os caminhos sejam enfeitados. E quando já se sente os passos leves é porque foram redimidas nossas dúvidas iniciais e filtraram-se os germes do lodo para que se elevasse a voz purificada.
Desprendendo-se do mundo, lentamente, pode-se repetir, melhor, a semente do tempo, sem economizar beleza em nosso caminho. Hoje, todos estão convidados para a festa porque o cogumelo das bombas infelizes vai, também ele, um dia, redimir-se e fertilizar estrelas violentas e pássaros para o homem novo.
Por hora, deve-se guardar apenas esse aviso de auroras prestes a romperem-se em luz e trabalhar pelo contínuo despertar de corolas amarelas. Porque o tempo é breve e, à tarde, as aves buscarão seus ninhos.
Nesse tempo fértil de diretrizes claras é preciso que ninguém se esquive ou se omita para que os canais da harmonia estejam sempre prontos a fluir como fontes límpidas, comandando a renovação.
Agora, a quem nos falasse em dúvida, pediríamos que abrisse sua porta e se orientasse para o nascente, onde a beleza repousa e a luz dinamiza; pediríamos que, de pé sobre a terra, se enraizasse no solo do infinito, onde cada planta encontra sua seiva de esperança.
Enquanto pensamos em termos relativos, a fronteira do tempo nos oprime, nos liga, nos opõe obstáculos. Mas quando é dado o sinal da ascensão todas as ligaduras são rompidas e a luz é o único ponto de chegada.
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Contatos:
SOBRE O CIGARRO - Li, dia 14 de janeiro, um interessante artigo da excelente jornalista e amiga, Silvia Laporte, no Estado de Minas. O texto era: “Linha dura contra o cigarro”, ela começava assim: “Fumantes, tremei: os americanos continuam apertando o cerco contra o cigarro”. Lembrei-me do nosso tempo lá, quando o colunista José Maurício Vidigal, fumava muito, e foi até internado com problema respiratório causado pelo cigarro. Aliás, ele acabou morrendo muito cedo. No meu tempo, Silvinha também era bastante chegada a um cigarrinho, na área aberta para o café do jornal. No seu artigo ela informa que na Califórnia, onde estas leis contra o cigarro são mais rigorosas, a Divisão de Controle do Tabaco é severa; já estão sendo preparadas leis para serem usadas em universidades.
- E você Silvinha, já deixou de lado o cigarrinho?
ITATIAIA – Comemorando agora seus bem vividos e ampliadas coberturas a emissora tem lembrado sempre do que dizia seu fundador, Januário Carneiro: “Nós vendemos espaço, não vendemos opiniões”. Parabéns a vitoriosa emissora.NOME COMPLETO – Ficamos sabendo o nome completo da boa entrevistadora do Programa Cultural da Rádio Guarani: disseram-me que é Carolina Braga. Parabéns moça. Por acaso você vem de algum dos ramos da família do ex-ministro Odilon Braga, hoje rua em BH?
CONSTELAÇÕES FAMILIARES – A terapeuta holística Maria do Rosário (Ruza) abriu grupos para vivenciar temas relacionados à filosofia dos florais de Bach com as das constelações familiares e organicionais. Informações: Tel.: (31) 3492-7514 ou 9625-5879.
ASTROLOGIA – Em Brasília, foi aberta a Uni-Astro Brasil que tem dado orientação, não apenas astrológicas, a pessoas mas também a empresas; o mapa astral é usado apenas como orientação. A direção é de Francisco Seabra Filho.
CULTURA SE VAI – Belo Horizonte perdeu, recentemente, três importantes figuras de nossa cultura geral; o jornalista Ênio Fonseca – antigo colega do Diário de Minas; Maria Lysia Correa de Araújo, grande e conhecida escritora, amiga nossa nos encontros da piscina do Minas Tênis; e o também grande escritor Infanto-Juvenil Bartolomeu Campos de Queiroz. Às famílias de todos eles deixamos aqui o nosso grande sentimento.