Amigo, o dia é de luta e não de desespero, a
hora é de procura e não de renúncias às respostas que já estão chegando. Basta
parar, um instante, no silêncio e começar a ouvi-las. Basta identificar-se com
elas sem muitos “como e porques”.
Ninguém, se usar os direitos naturais, pode
queixar-se de dependências ou de fraqueza. O germe da vontade forte e do poder
crescente, habita cada um.
Todos podem dizer: “eu tenho uma vontade que é
minha inalienável propriedade e meu direito. Eu determino cultivá-la e
desenvolvê-la em prática e exercícios. E minha mente obedece minha vontade. A
minha vontade é dinâmica, cheia de força, energia e poder.”
Portanto, deixar-se abater será sempre abrir
mão de direitos próprios que distinguem um homem forte de um ser frágil. Cada
qual constrói o seu destino e a quem é dado ver um pouco mais longe, tem por
dever dividir com os outros seus dons.
Quem tem reservatório de amor e capacidade de
doação, não se perde nunca nos dias de bruma e de desalento. Basta apenas, achar o rumo da jornada e
depois seguir sempre em frente, nos dias de paz ou de luta, nas horas de luz ou
de escuridão.
É importante sempre procurar dar chance às
verdades interiores, para que se manifestem e aos dons maiores do homem, para
que se desenvolvam e se ponham a seu serviço transcendendo suas respostas
intelectuais, para penetrar o campo das chaves que abrem as portas a todas as
respostas.
Antes que possamos esperar que nossa mente
funcione bem, devemos amansá-la e fazê-la obedecer à vontade. Nada de
importante se conquista sem luta, sem experiência própria. E toda hora é hora
de começar, de experimentar, de acreditar.
Hoje, poderia falar-te, quem sabe, de um mundo
inesperado, de uma vitória ou uma paz há muito sonhada. Mas tudo deve vir a seu
tempo e, cada dia é importante pelo que se vive nele, sem medo, sem renúncia,
sem inércia. Porque até os fracassos têm seu sentido real dentro do conjunto
das lições da vida.
Tudo pode começar ou renovar-se a cada hora,
basta uma decisão firme da vontade, o desejo de acordar, de integrar-se e de
orientar-se. Há sempre, para cada um, o momento do: “batei e abrir-se-vos-a”.
De repente, sente-se que o tempo é curto para
tanto desdobramento, mas ainda assim, como planta pequena, pode-se oferecer a
flor que começa a abrir-se e tornar-se credora do primeiro sorriso manso do
desconhecido amigo.
O tempo hoje se presta, por excelência, à
distribuição de rosas amarelas para todos.