quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Canção da Vida

Acordei hoje leve e orvalhada, vestida de sol; e assim, falo-te como se já conhecesse a Canção da Vida, como se penetrasse a transparência do lago. Permaneci imóvel, para prosseguir nas buscas mais profundas num interior onde, lentamente, aflora a primeira luz. Não o esplendor da luz, mas o primeiro raio...

As palavras brotam hoje como sementes rompendo a terra dura, quebrando limites e antigos muros de velhas incredulidades, de ancestrais heranças, de coletivos acúmulos de ideias.

É que o sol que chega, por isso, abrem-se os caminhos ensolarados, o solo do encontro, as nascentes muito claras, para que ninguém se perca na noite.

Breve flor de secular reencontro transforma-me para dar-te um sinal visível, além das portas fechadas e dos biombos escuros. Falo-te agora do sopro suave da flauta mágica, música que por vezes quebra o silêncio e canta o simbolismo da eternidade, do som manifestado.

Sob o comando de vibrações muito rápidas pode-se facilmente contemplar a vida que nos foi dada viver, os caminhos percorridos, as flores perdidas, as sementes encontradas.

Devo dizer-te que vai nesse encantamento, um envolvimento ainda não de todo claro, não de todo definido e assimilado ou desvendado. Há sempre um tempo de espera para que se firmem as conquistas mais sutis, as vitórias mais elevadas...

Todas as linguagens parecem estrangeiras para se traduzirem os momentos interiores do despertar, as vidências da luz; e a missão do intérprete dessas belezas é sempre difícil e incompleta.

Até que tu e cada um dos nossos se integrem na consciência cósmica, por certo muitas luas vão passar ainda, mas o roteiro está marcado e assinalado.

Harmonia e Paz estão desenhadas no éter à espera da transmutação de cada coração, da expansão de cada consciência. Mas, por mais fortes que sejam os desenhos poucos elevam os olhos para percebê-los, pouquíssimos estão definitivamente aptos ao convívio com as estrelas mais brilhantes.

Por isso digo-te, ainda não te apegues aos destroços, não sejas náufrago entre ideias antigas e semimortas. Tem coragem de entrar pela porta das grandezas e, por isso, sê simples, muito simples.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Crescendo

Se você não está muito satisfeito com sua vida como ela é hoje, deve fazer uma coisa simples, mas corajosa: mudar.
         Não são necessárias mudanças externas que demandem dos outros ou de bens materiais, mas sim de uma transformação interior que depende unicamente de você e das leis do universo.
         O interior é o imã que atrai o exterior, é a semente que germina a vida externa. Tudo começa dentro de você, de suas energias mentais e emocionais (densas ou sutis) ou disciplinadas ou desordenadas, puras ou impuras.
         Sua vida externa é seu reflexo interior. As possibilidades aumentam ou diminuem, constroem ou causam obstruções, a partir de suas leis de vida interior; de sua desarmonia ou desordem, de seu caráter, de seu modo de agir  e de conviver, de pensar ou de trabalhar.
         Também o inverso pode acontecer; você fazendo externamente tudo com alegria e ordem, isso vai refletir no seu interior, pois somos interligados por energias e vibrações de variadas densidades.
         Assim, não é preciso cartomante, técnicas secretas ou bola de cristal, se você estiver firmemente decidido a se organizar, se disciplinar e agir da melhor forma possível. Não é necessário correr atrás da primeira novidade que se apresente como modalidade de transformação.
         Nada nos transforma mais do que a paz interior e a oração, seguidas da reta ação e reto pensamento.
         Assim como a água molhava no passado e molha até hoje, também as leis sacras e divinas, agiam no passado e agem até hoje.
         Vivemos num mundo dirigido por leis físicas, quânticas, elétricas ou magnéticas; emocionais e mentais. Todas interagem umas sobre as outras.
         Portanto, dê uma volta no seu leme interno e tome o rumo da luz, da ética e do aperfeiçoamento, da fraternidade e do amor impessoal; tudo o mais virá por acréscimo.