“Não
invoques o Santo Nome em Vão...”
O caminho espiritual é trabalho sério. Quem
resolve trilhá-lo deve estar consciente da opção que fez e das transformações
que isto implica. Não se vai para Deus
como se vai a um curso de inglês, de cerâmica, etc.
Fazer parte de um grupo de oração, carismático,
de meditação ou de algum outro culto, não é um simples ato agradável, social,
terapêutico ou de lazer. Não se pode ir para Deus e encontrá-lo, quando não se
tem outra coisa para fazer ou quando se “precisa” Dele num aperto.
O trabalho em grupo depende de um mínimo de
disciplina, na frequência, no horário, no ritmo e na integração. Depende também
de um certo grau de harmonia com todos os componentes que se reunem, sem
exceção de ninguém.
O grupo faz um trabalho coletivo que é da
responsabilidade de todos os seus elementos, e não se pode ir para ele,
egoisticamente, querendo apenas receber e resolver os próprios problemas.
Se não houver toda essa gama de
responsabilidades, o trabalho será sempre imperfeito, incompleto e, portanto,
insatisfatório. Quando não dificil, pelo carma que acarreta, pois foi dito que
a quem muito é dado, muito é exigido; que as oportunidades não se percam em
vão...
Não se busca Deus nas horas vagas e menos ainda
confiando nas forças de alguém ou de algum grupo. Somos os próprios
realizadores do caminho que queremos percorrer. Ninguém cresce nas avenidas
facéis onde a disciplina não é conscientizada. Não se pode fiar no trabalho dos
outros sem fazer o esforço que nos compete com inteira responsabilidade, ritmo,
persistência e fé em Deus.
Um grupo é um todo que se eleva ou se deteriora,
na medida do comportamento de cada um de seus componentes. Ou se está integrado
ou se está desligado, a posição intermediária é perigosa e instável.
Isto é válido para quase tudo na vida. Ou se é
um membro ativo ou se desliga do trabalho. Ligar-se aqui e acolá, sem
definição, cria grande confusão mental e dúvida, energias estas muito negativas.
Não se invoca a energia divina para depois
deixá-la improdutiva ou dispersá-la com atitudes e palavras vãs. A energia que
vem através de um grupo deve ser canalizada, praticamente, na vida de cada um,
de forma dinâmica e coerente. E também na coletividade, de forma objetiva.
É preciso que haja uma transformação concreta
na maneira de ser e de agir, pois do contrário, estaremos nos enganando,
pensando que estamos seguindo um caminho de evolução superior.
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