Quando nós pensamos que sabemos o que é melhor para os outros é sinal evidente que não sabemos o que é melhor para nós mesmos. Pois se é difícil nós nos conhecermos, no nosso ser real, mais difícil ainda é sabermos sobre o outro e qual a etapa de sua evolução.
O ser humano tem vários níveis de consciência, e uns, estão polarizados no corpo denso, enquanto outros se polarizam na alma, ou no caminho que nos leva mais diretamente a ela.
A maioria, infelizmente, está direcionando atualmente quase toda sua energia para o corpo físico, seus instintos e desejos, sem discipliná-los e transmutá-los. Outros se polarizam no emocional ainda descontrolado ou instável.
O físico é um instrumento de trabalho útil nesse nosso plano, porém, é o mais denso e primitivo de nossa expressão humana. Colocar nele o melhor de nossas energias é, quando nada, extremamente infantil. Pelo menos do ponto de vista da alma.
A grande maioria está presa aí no físico, mesmo quando ocasionalmente já volta sua atenção para o mental. O físico é sempre muito ligado ao emocional não trabalhado ainda: ou seja, ao corpo de desejos.
Pessoas que já se interessam pelo mental e até pelo plano espiritual, muitas vezes não conseguem permanecer aí polarizadas por muito tempo, caem sempre no emocional ou no físico mais denso. A queda na matéria é uma condição bem humana e comum, quando estamos em processo de transição de um nível de consciência para outro nível superior.
Na medida em que o homem leva um maior volume de sua energia para os níveis superiores, estas quedas vão diminuindo de intensidade e de número.
A energia que hoje atua sobre o planeta tende a liberar o homem desse apego ao nível ainda meio material; também os animais e plantas estão sofrendo sutilização no planeta.
A verdadeira união é aquela em que a personalidade faz internamente com a própria alma que a anima e que para isso, precisa de toda a sua energia vital.
Humberto Rodhen diz que a meditação é o mais árduo de todos os trabalhos. A alma é luz e é nela que está a vida mais plena. Quando nossa consciência física se expande e toca os níveis superiores onde está a vida da alma, todo o enfoque de nosso interesse e nosso comportamento humano se transforma. É comum aí, os outros começarem a não nos compreender bem. Cada um tem seu carma e sua possibilidade de viver em nível superior em diversas escalas. Depende de nosso próprio esforço subir ou descer no presente.
Se não estamos ligados ao nosso centro interno de luz – o Cristo interno – somos joguetes de tumultuados sentimentos, de opiniões alheias, de comportamento da maioria e de um envolvimento passageiro, quando não dos vícios.
Mas a meditação tem por meta tornar o homem comum apto a manifestar externamente a luz real que está em seu interior. Leva-o a identificar-se com seu aspecto alma e não com planos materiais.
Esse é o nosso caminho de aperfeiçoamento terrestre.
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