domingo, 3 de junho de 2012

O Chamado


Todas as vezes que, no homem, sua alma canta, há um chamado consciente ou inconsciente, ao Guru interno. Cada vez que a vibração da voz é de busca e aspiração, de paz e elevação, paira no ar um chamado ao Mestre.
Sempre que a mente salta insatisfeita e indaga e chora, avança e recua, encontra e perde, há uma busca ao Guru. Cada dia que nasce incentivando o homem à ação ou à contemplação, à doação ou ao recolhimento, a resposta começa a chegar.
Impossível é viver sempre entre apegos materiais como se fosse esta a destinação humana. Impossível é prosseguir sem buscar ou pressentir o rumo da Luz, a liberação, o autoconhecimento.
Só no conhecer-se e desdobrar-se infinito mora a eternidade da vida, sem a marca do retrocesso ou do desespero; sem o perigo do desamparo ou desilusão final.
Cada vez que a natureza faz uma pausa para adormecer ou acordar, mais acentuados se tornam os benefícios do chamado do homem ao Guru; mais perceptíveis são seus contatos com as estradas sutis.
A cada um é dado manifestar-se segundo o testemunho que lhe compete, para que se possa concretizar a idéia original do Criador. Enquanto o homem não desperta em sua grandeza e sua força, ainda não é um homem de verdade, mas apenas uma transição para o humano.
Enquanto não acordamos nossas potencialidades, nossa forma de crescimento e cooperação com o Todo, ainda estamos na escala primária da idéia completa do ser humano.
Agora, mais do que nunca, os tempos estão maduros para o acordar interior, para o comungar consciente com o Infinito que enobrecerá o mundo e fará dele um lugar de trabalho planificado e luz plena.
Cada vez que lutamos, sofremos e nos torturamos, por uma resposta da Vida una, no desejo de nos conhecermos melhor, esta resposta pode vir clara ao nosso alcance. Ela chega pela forma, palavra ou símbolo, ela se faz presente no cotidiano da vida.

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