Todas as vezes que, no homem, sua alma
canta, há um chamado consciente ou inconsciente, ao Guru interno. Cada vez que
a vibração da voz é de busca e aspiração, de paz e elevação, paira no ar um
chamado ao Mestre.
Sempre que a mente salta insatisfeita e
indaga e chora, avança e recua, encontra e perde, há uma busca ao Guru. Cada
dia que nasce incentivando o homem à ação ou à contemplação, à doação ou ao
recolhimento, a resposta começa a chegar.
Impossível é viver sempre entre apegos
materiais como se fosse esta a destinação humana. Impossível é prosseguir sem
buscar ou pressentir o rumo da Luz, a liberação, o autoconhecimento.
Só no conhecer-se e desdobrar-se infinito
mora a eternidade da vida, sem a marca do retrocesso ou do desespero; sem o
perigo do desamparo ou desilusão final.
Cada vez que a natureza faz uma pausa para
adormecer ou acordar, mais acentuados se tornam os benefícios do chamado do
homem ao Guru; mais perceptíveis são seus contatos com as estradas sutis.
A cada um é dado manifestar-se segundo o
testemunho que lhe compete, para que se possa concretizar a idéia original do
Criador. Enquanto o homem não desperta em sua grandeza e sua força, ainda não é
um homem de verdade, mas apenas uma transição para o humano.
Enquanto não acordamos nossas
potencialidades, nossa forma de crescimento e cooperação com o Todo, ainda
estamos na escala primária da idéia completa do ser humano.
Agora, mais do que nunca, os tempos estão
maduros para o acordar interior, para o comungar consciente com o Infinito que
enobrecerá o mundo e fará dele um lugar de trabalho planificado e luz plena.
Cada vez que lutamos,
sofremos e nos torturamos, por uma resposta da Vida una, no desejo de nos
conhecermos melhor, esta resposta pode vir clara ao nosso alcance. Ela chega
pela forma, palavra ou símbolo, ela se faz presente no cotidiano da vida.
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