Você já tentou criar primavera em início de outono? Fazer malabarismos com cores muito novas dentro de uma noite escura? – Ele já fez isso.
Você sabe importar estrelas para a sua ceia e transcender à lógica para deixar os momentos estacionarem, impressionados com o lúdico despertar de palavras coreográficas? – Ele o sabe. E, fazer-se de médico e monstro, indiferentemente, como profissão que se dosa e se domina partindo para o mais límpido ou equilibrando-se sobre o princípio do abismo? – Ele o faz.
Você sabe repartir certezas, encontrar respostas, solucionar dúvidas vagas e temores? Você brinca vinte vezes com os brinquedos mais sérios e os mais simples? Ou desdobra-se em música e recolhe-se em ironias, alonga-se em brisa e retém-se em terra-a-terra com uma elasticidade jovem de pássaro transtornado pelo sem-limite do infinito? – Ele o sabe.
E é por isso que a cada hora brinca-se diferente com ele e joga-se terna ou infantilmente como se tudo dependesse da presença de uma noite tranquila e misteriosa no seu íntimo diálogo com as estrelas desconfiadíssimas de seu próprio brilho. Você sabe sorrir a cada quarto de hora, espontaneamente, e esquecer logo que o depois é vago, distante e completamente perdido?
Se não sabe, você poderá aprender com ele que é professor do mundo – de um mundo “pop”, talvez. Ele é o mago que mora em mim e que por vezes me domina.
A CONQUISTA DA CORAGEM
Recentemente, como faço muitas vezes, ouvi o programa matinal de José Lino (na Rádio Itatiaia) e ele o iniciava tendo como tema – falando sobre Napoleão, e seus métodos de conquista extraordinários.
Foi o bastante para que eu que fazia apenas uma pequena caminhada, ouvindo-o, pulasse para o meu passado.
Por volta dos 14 anos quando começamos a ler vários livros encontrei, li e reli, a biografia de Napoleão Bonaparte; sua coragem, disciplina e conquistas que me empolgaram para sempre. Ele não só conquistava países mas ia à frente das tropas expondo-se a perigos e encorajando os mais fracos. O que fazia, não era pura ambição.
Mais tarde lendo sobre filosofia e espiritualidade do Oriente li sobre a vida de Vivekananda, principal discípulo de Sri Ramakrishna considerado santo pela yoga da Índia.
Interessei-me pelos seus métodos e ensinamentos e pelo sucesso que ele fez num congresso sobre religiões realizada nos Estados Unidos.
Pois não é que lendo sobre sua vida encontrei a grande admiração que ele tinha por Napoleão?
Foram, sem dúvida, energias que depois de Cristo nos fortaleceram quando queríamos desanimar ou parar os estudos.
José Lino escolheu bem o tema naquela manhã: Napoleão é mais do que um conquistador ambicioso; é força, coragem e disciplina crescentes.
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