domingo, 25 de novembro de 2012

No campo da Luz



Assim, parada e silenciosa, imóvel, fixa como árvore de seiva hibernada, planto-me para as germinações do campo da luz. Assim, divido-me e faço-me semente para as terras já preparadas.
Os companheiros estão próximos: uns mais despertos outros  ainda sonolentos mas capazes já de atenderem ao primeiro chamado. Por isso, quase sempre, deixo que cante em mim o mensageiro das auroras iniciais para que ninguém se desvie do novo roteiro, ou ciclo.
Ciosa da revelação das verdades, guardo seus reflexos enquanto o dia não se faz pleno e transmito, a todos, o canto primeiro que ainda se deixa captar por palavras. A nota primeira que foi feita para estabelecer o contato, para deixar brotar a semente que se tornará flor e fruto.
Neste tempo é próprio que os símbolos se repitam, vezes sem conta, até que chamem o correto sentido para os que começam a viagem.
Em nossa estrada de desencontros as lutas são inevitáveis e por vezes, inadiáveis, mas as fronteiras vão-se ampliando e os pioneiros mostram as formas do trabalho mais produtivo, da ação mais conveniente, para a hora presente.
E, uma vez agrupados, todos já se podem saudar como verdadeiros irmãos interligados pela presença maior sem distorções, sem critérios exclusivistas. De palavra em palavra, de diálogo em diálogo, chega-se ao elo principal da corrente onde as realizações se fazem mais diretas, sem interferências e sem desvios. Para isso, se prepara cuidadosamente a linguagem, o vocabulário, a atitude correta.
Deixemos que seja reverenciada essa aparente impenetrabilidade dos caminhos da plenitude.  – Não sofra pelos altos e baixos; a cada dia, os passos adquirirão força nova para uma caminhada mais longa, penetrante, e profunda.
Se todos fizerem o seu trabalho próprio haverá festa no Mundo. Nada ficará sem resposta, nada restará sem solução se a busca for constante, intensa e profunda.
O eco de vozes, gritando contra a distância, pode ser amanhã o manso berço da revelação e da contemplação.
Na pureza das águas vai sintetizando-se o símbolo da resposta mais procurada, mais desejada que a fertilidade da Terra inaugurou, para um dia ser desvendada.
O germe da libertação crescerá no Mundo, independente das lutas, ciclos e contrastes gerados pela desarmonia dos infortunados que não puderam ainda penetrar a realidade interior. Mas o significado do tempo se abre novo e franco para a orientação de muitos.
A rosa de luz, no fuso central do Mundo, mostra o sinal visível da chegada do dia luminoso. Por isso, toda esperança, agora, é fundamental.

Um comentário:

Silenciosamente ouvindo... disse...

Amiga, nunca lhe poderei agradecer
toda a sua amabilidade para comigo
através dos textos e poesia que
envia, via email.
Estou profundamente grata.
Hoje, queria de todo o coração,
desejar a si e sua Família um
Feliz Natal.
Tudo de bom para vós.
A minha sempre amizade.
Irene Alves