Desde muito jovem já era “fã de carteirinha” de
Juscelino Kubitscheck – prefeito, governador e presidente. Admirava seu
dinamismo, sua visão de futuro e sua alegria. Depois admirei-o mais ainda
quando prefeito, porque ele trouxe do Rio para Belo Horizonte o famoso artista
Alberto da Veiga Guignard, que fundou a Escola Guignard, no Parque
Municipal.
Hoje,
relembrando o passado resolvi homenageá-lo mais uma vez; com grande saudade,
pois estudante da Guignard cheguei a fazer uma exposição individual de pintura
– no salão do Minas Tênis Clube, organizada por Palhano Júnior.
Ainda
tenho bons trabalhos desse tempo, porém não tive condição de expô-los na atual
mostra realizada pelo Sindicato de Jornalistas de Minas Gerais, onde os colegas
expuseram seus quadros, livros e outras artes. Já na Terceira Idade o
transporte de quadros maiores tornou-se difícil.
Mas
vamos voltar a Juscelino Kubitscheck quando em 1955 tomou posse como
Presidente. Nessa época iniciei também com minhas jovens poesias, uma delas,
inteiramente dedicada ao grande presidente que foi JK.
1955 – POSSE DO
PRESIDENTE JK
Tomou
posse o Juscelino
a
jornada foi bem dura,
mas
cumpriu o seu destino
de
seguir sempre pra altura.
Tem
cuidado Juscelino,
prende
o Jango na cintura
anda
esperto e anda fino
pra
não vir a Ditadura.
Tira
o Lott, deixa o Lott,
bota
o Lott no lugar,
que
ele é meio chamalote
e
é capaz de “se mudar”.
Deixa
o Alves na Marinha,
espiando
para o mar
pois
a gente não advinha
quando
as águas vão rolar.
O
Brasil apenas nasce,
é
pra todos céu aberto.
Juscelino
tem classe
vai
fazendo tudo certo.
O
Alkmim na Fazenda?
Até
que ele merece,
pois
foi dura a contenda
pra
que a posse viesse.
Juscelino
solta a corda
bota
o Brasil pra andar.
Manda
embora essa horda
que
só quer se aproveitar.
Um
lugar pra seu Salgado
é
prêmio que se vai dar:
um
lugar elevado
pra
um amigo exemplar.
Juscelino
olha tudo,
mostra
o que é governar.
Troca
depressa em miúdo
o
seu belo conversar.
O
Seco fica também
que
é o Ministro do Ar,
e
a militar nos convém
é
ir deixando ficar.
Juscelino
puxa a corda
desse
bloco tão nojento,
desses
bichos de engorda
que
enchem o Parlamento.
Para
o Dorneles a pasta
não
vai até muito mal
já
que ao PTB não basta
a
pasta do Parsifal.
Juscelino
a terra é boa
como
nos grandes impérios,
a
maré é que amontoa
esse
bando de gaudérios.
Na
pasta lá da Saúde
vai
o Medeiros ficar,
que
Deus o conserve e ajude
e
deixa o futuro falar.
Juscelino
vai direito
bota
o Brasil a crescer
que
tu tens muito peito
e
tudo pode acontecer.
O
Brasil todo confia,
Juscelino
dá um jeito,
na
nossa economia e
“nas
vagas” do Prefeito.
Juscelino
risca largo
anda
logo, não atrasa,
deixa
a lagosta e o aspargo
pela
comida da casa.
Juscelino
te espalha,
pois
tu sabes governar.
Tapa
a boca da gralha
e
faz o Brasil trabalhar.
Juscelino
toca fogo,
põe
a máquina a andar
que
nosso País não é jogo
mas
só vive de azar.
Juscelino
fica ativo
vai
cantando o Peixe-Vivo,
vai
cantando e trabalhando
olha
o Jango, pega o Jango
faz
o Jango se acalmar.
Para
o Brasil te aclamar.
*Jango
– João Goulart
*
Lott – Marechal Henrique Lott
*
Alves – Almirante Alves Câmara
*
Alkmim – José Maria Alkmim
*
Salgado – Doutor Clóvis Salgado
*
Seco – Brigadeiro Vasco Seco
*
Dorneles – General Ernesto Dorneles
*
Medeiros – Professor Maurício de Medeiros
* Parcifal – Parcifal
Barroso