Vivemos rodeados de vozes, de sons e
de imagens. Cantamos, falamos e registramos sons e vibrações desejáveis e
indesejáveis, porque a coletividade está usando e abusando da comunicação, em
todos os meios.
Nós nos rodeamos sempre não apenas de
pessoas, como de rádios, televisores, gravadores e demais aparelhos
eletrônicos. Há todo um exército de aparelhos cujos sons preenchem nossos
dias e, muitas vezes, também nossas noites.
Muitos acham e pedem a lei do
silêncio, mas a grande maioria tem medo do silêncio absoluto e perfeito.
Entretanto, é no silêncio maior que germina a paz mental e aflora a sabedoria,
o autoconhecimento e a luz interna. Hoje é preciso que se aprenda o silêncio, como
quem estuda lição da vida, de transformação e de transmutação.
Se não colocarmos um curto período de
silêncio e reconhecimento diariamente, em nossa vida, estaremos em breve com a
mente desarmonizada, alterada, girando de um pensamento para outro, sem
qualquer capacidade de concentração, de sincronicidade, ou mesmo de expansão.
Sem um silêncio interior periódico,
dificilmente nos abriremos à intuição, à percepção de níveis mais profundos e
refinados ou de outras dimensões de vida no nosso ser.
Sem música adequada ou silêncio
disciplinado não há satori, nem
êxtase, nem samadi, ou seja: não
chegamos à experiência alguma de nossas possibilidades mais elevadas, de nossa
meta maior, como seres humanos a caminho de uma vida superior. Só na
transformação de pensamentos, grosseiros e egoístas, em percepções de sabedoria
e elevação, pode-se gerar uma energia mais potente, capaz de abrir-nos a
entrada de nossos próprios mistérios, de nossas próprias possibilidades, ainda
não atualizadas pela humanidade, em sua imensa maioria.
Por isto, o silêncio é o mestre e o
companheiro de todos os sábios e os santos.
Quando todos saem e você fica sozinho
pode pensar que está inteiramente só, só com seus pensamentos, não é? O
silêncio é completo.
Entretanto, não se iluda, você está
com a vibração e a sintonia de todos os que convivem com você, está com as
ondas de todas emissoras de rádio e o som e imagem de todas as televisões do
mundo. É só ter aparelhos adequados que você verifica isso logo. Ligue um rádio
potente ou uma TV em cadeia mundial. O som, as imagens, os personagens das
notícias ou das histórias estão ali, com você, o tempo todo.
Os homens e governos ainda não
compreenderam isso, e só por isso permitem que se repitam cenas e imagens
sucessivas de guerras, violências, roubos, mortes, etc. O que acontece no mundo
é o resultado da média coletiva da mente dos homens.
Entretanto, no plano da criação de
livros, telas, filmes, teatro e novela, tudo que não constrói, que não lança a
boa semente, destrói e contribui para o mal coletivo.
Se dia e noite repetimos, no éter
palavras, imagens e ideias de agressividade, traição e violência,
ou de inversão de valores morais ou sociais, obrigamos a toda a humanidade como
que a “flutuar” dentro dessa nuvem de ondas e vibrações que se propagam.
Ondas que moldam a mente infantil e a mente dos mais fracos, germinando neles
sementes semelhantes. As emissoras e telas estão saturando o ar que respiramos,
com a conivência dos devidos patrocinadores, do que há de menos positivo e
correto para chegarmos a uma convivência pacífica, a um desabrochar das
capacidades superiores da humanidade.
O que é benéfico, harmonioso,
fraternal, filosófico e espiritual está sendo preterido e todos sabem e veem
isso, pela inversão de valores. E como atraímos sempre o que emitimos ou
incentivamos, a humanidade toda está colhendo os frutos plantados pela maioria
dominante e incapaz de abrir-se à luz maior.
É hora de crescer, é hora de
encontrar-se. Não há mais tempo a perder!
3 comentários:
OTIMO
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Inversão de valores morais e sociais. É esse grande mal que tem corrompidos as mentes hoje em dia. Apenas por meio do crescimento e do amadurecimento mental e espiritual é que poderemos alcançar níveis mais puros e mais felizes.
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