A cada novo milênio a mente do homem se
transforma e ele tem possibilidade de novas aberturas, novas realizações e
atinge o despertar de valores mais profundos, caso não estacione, cristalize-se
ou bloqueie o trabalho da energia universal em seu interior.
Muita
coisa que no passado foi boa, foi adiantamento da raça, hoje, acha-se superado.
Muito do que, humanamente, ainda é bom e é caminho válido de evolução, já não
serve para quem se adiantou internamente e sente a alma trabalhando para o
aperfeiçoamento de novos valores.
Ninguém
dá saltos, todos cumprem um caminho vencendo etapa após etapa. Assim é mais do
que sábio não apressar, nem reter as pessoas. E nós fazemos isto sempre que
queremos, a qualquer custo, que os outros acompanhem o que achamos melhor e
mais próprio. Com isto retemos alguns e arrastamos outros, além de confundir
alguns.
A
afobação, a correria, a impaciência que, no plano físico da vida está se
manifestando, é a forma visível de compreendermos que as energias agora são
mais rápidas e mais exigentes; não para que nos afobemos, mas para que nos
transformemos em “homens novos”. Para que espiritualizemos o que até aqui foi
material e grosseiro, instintivo e desordenado.
A
energia cósmica trabalha em nossos centros sutis (chacras) e trabalha pela
expansão e elevação de nossa consciência, para atingirmos a percepção do que
somos como Alma imortal e não como nome, profissão, emoção e corpo. Tudo isto é
efêmero e um dia deixará de existir. Mas o Eu Superior (a Alma) é eternamente,
e é ele que deve construir todos estes veículos densos e inferiores. Tudo mais é caminho de crescimento ou como
diz o oriental é Maia (ilusão).
Estamos
num tempo que exige que nos guiemos pelo que somos e não pelo que parecemos
ser, pelo que pensamos que somos, pelo que, na nossa ignorância, queremos ser.
É infantil lutarmos contra a realidade que é totalmente benéfica e libertadora.
É infantil e doloroso querermos tapar o sol de nossa alma que quer se irradiar
em todas as direções.
O período de
transição em que vivemos traz-nos uma energia cósmica de vibração mais rápida e
de maiores exigências. A humanidade como um todo, já se agita nas ruas, nos
clubes, nas fábricas, nas estradas. Estamos como um grande formigueiro, mexido
e remexido. Todos correm e quase ninguém sabe para onde está correndo, o que
está buscando, aonde quer chegar.
Chegou
a hora de percebermos que o tempo é de crescimento e de que agora, quem não for
por bem, não colaborar no plano de transformação coletiva, vai ter que ir, para
usar termo popular, “na marra” dos empurrões e das correções da vida universal.
Temos que despertar, temos que nos elevar, do contrário, seremos colocados no
liquidificador para sermos dissolvidos de nossas agressividades, nossos egoísmos,
nossa prepotência, nossa ignorância, nossa incapacidade de nos abrirmos par a os
valores reais da Vida Humana, sustentada pela Vida Divina em nós.
O
tempo é de transição, se alguém tem alguma dúvida que olhe à sua volta e que
tenha olhos realmente de ver. Ver além do fenômeno, as causas do fenômeno.
Causa e efeito estão aí, diante de cada um, principalmente dos mais rígidos e
incapazes de se transformarem em homens novos.
Libertação
não é confusão, irresponsabilidade, indisciplina, egoísmo, como querem muitos e
muitos. É antes auto-aperfeiçoamento constante, disciplina concreta,
comportamento cada vez mais correto e elevado perante a sua própria consciência
e não segundo as aparências, os hábitos, as modernas desculpas ou a auto
complacência.
Auto-observação e auto-aprimoramento são as chaves principais
para as vitórias do nosso tempo, que pedem sempre humildade e maleabilidade
para a consciência inferior expandir-se sempre.
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