Duas fontes de grande poder para a
saúde e a paz têm sido pouco usadas no mundo ocidental. Parece que elas
contrariam o ritmo produtivo e ativo que adotamos quando, na verdade, é através
delas que seríamos mais integralmente capazes de trabalho e ação.
São elas a paciência e o silêncio.
Paciência na maneira de ser, de andar, de ouvir os outros, de agir; e silêncio
interno para palavras oportunas.
A correria em que vive a humanidade
moderna seja no trabalho, no lar e até no lazer, acaba roubando-lhe preciosas
energias. Vai tirando a paz e a harmonia de cada um e com ela vai-se a alegria
que é o estado natural do ser interior.
Tudo que se faz apressadamente, não
rende mais, fica apenas imperfeito, insatisfatório ou complementado, roubando
mais tempo ainda.
Precisamos rever até nosso ritmo no
andar, para que seja harmonioso e para que sintamos, através dele, o momento
presente; a vida em nós e ao nosso redor. No andar, devemos sentir o ondular do
corpo, o movimento dos braços, a respiração, pois tudo isso é vida que nos
transmite força, se for sentida e conscientizada.
Andar querendo resolver problemas é
envolver os passos no próprio problema e muitas vezes, tropeçar nele e cair. A
mente aflita dá insegurança aos movimentos, não resolve o problema e pode
agravá-lo.
Da mesma forma, cada palavra exige o
dispêndio de certa energia. Mas o silêncio, ao contrário, acumula nossa força,
para a palavra correta na hora oportuna. Falar pouco permite ouvir melhor e
acertar mais.
A grande tagarelice é não só
desgastante, como irritante para quem a usa ou para quem a ouve. A própria tagarelice
já é um extravasamento de uma mente em desordem ou em desarmonia. Falar o tempo
todo, repetir coisas nossas, para todos que se aproximam, é pura perda de
energia e de tempo. É também perda do poder de concentração e de harmonização
que são os estados naturais do ser interior.
Precisamos saber que o mover-se é dom
muito precioso para que seja automático; quando alguém perde a capacidade de um
movimento é que melhor comprova isso. O falar é muito criativo para que seja
usado e abusado, sem um sentido útil. Vamos dar conta de cada uma de nossas
palavras diz a Bíblia..., quanto mais palavras, mais prestação de contas.
Sem autodisciplina no que se faz e no
que se fala, dificilmente chegaremos à paz interna, à descoberta da luz
onipresente que faz do corpo físico um tabernáculo do espírito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário