O ser humano realiza sua passagem na vida terrestre através de dois
processos distintos: a involução, ou queda na matéria e identificação com ela,
utilizando as áreas descendentes da vida; e o processo evolutivo, libertando-se
do apego e da identificação com a matéria e atingindo, fora dela, a
identificação com a consciência.
Quanto mais nos identificamos com as formas materiais da existência mais
imergimos na matéria, num trabalho, aliás, necessário ao completo processo da
libertação.
A luz
brilha eternamente em nosso interior, mas vai sendo obscurecida na medida em
que atravessa nossos veículos densos mentais, emocionais e físicos. Se
rompermos as leis de cada um desses planos, tornamos impuros os canais desses
níveis, criando ilusões, sombras e desvios de toda ordem. A maya dos orientais.
Já
quando trabalhamos na direção da identificação com a consciência, vamos
transmutando as impurezas, clareando nossa estrada e ganhando equilíbrio,
alegria e libertação. Realizamos enfim nossa real natureza espiritual, por
etapas, trabalhando cada nível de nossa manifestação.
O bem
cresce transformando seus níveis densos em energias luminosas sutis e
aproximando-se assim de sua semelhança com o Criador. Nossa essência é luz.
Viemos do Verbo que se fez luz e da luz que se densificou como matéria.
Só há
um poder, uma energia, uma essência que é Deus, de onde procede toda a criação
quando Ele se manifesta. Somos visitantes no plano terrestre, sala de nossos
aprendizados e de lições que só nessa dimensão encontramos.
Entretanto, a humanidade, em sua maioria, tem agido como se a Terra fosse sua
morada definitiva ou o lugar de sua melhor expressão de vida.
Sofremos a “queda” num processo de linha densificada de descenso e evoluímos
voltando à casa do Pai, pela transmutação do denso em sutil, do impuro em puro,
do desorganizado em organizado, da sombra em luz. No princípio era o caos e a
luz pairava sobre ele; o espírito é luz.
Agora
devemos conquistar a verdade que salva, ajudando na elevação da humanidade e de
seus reinos terrestres. Só Deus é o poder atrativo e transformador e para nos
aproximarmos de sua aura, precisamos encontrar nossa própria luz e irradiá-la
sempre.
Um comentário:
Célia, parabéns pelo artigo. Gostei da sua analogia entre os processos de evolução e involução coincidindo com a nossa realidade. Saudações.
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