É bem conhecido e oportuno o simbolismo da
semente comparada ao processo da evolução humana. Afinal, somos todos sementes,
potencialmente árvores, flores e frutos. Se fosse consciente, possivelmente, a
pequena semente não acreditaria que ela já é uma árvore completa; desde que
deixa de ser apenas semente.
Também
nós, sem rompermos nossas cascas mais densas, nossos preconceitos, nossos
limites fechados, não externaremos nem veremos o que somos; a luz já presente,
a energia divina em manifestação do seu próprio plano.
Uma
semente por melhor e mais preciosa que seja, deve passar do estado passivo e
estático para o dinâmico e ativo da realização progressiva, do crescimento, da
floração e da frutificação. Só assim nosso ciclo se expande em consciência e se
realiza no seu infinito potencial. Da infância de sementes, passamos à
adolescência do crescimento, às vezes, com alguns embaraços, mas trabalhando
para o aperfeiçoamento.
Cada
um tem o seu potencial e o seu fruto próprio, nessa passagem pelo plano
terreno. Não devemos permanecer sementes, nem copiar a floração alheia.
Deixemos que a nossa semente germine no solo que lhe é adequado, na estação que
lhe é própria e com o fruto mais perfeito que lhe é peculiar.
Todas
as sementes são luminosas, mas cada uma apresenta sua cor, som, forma e número
próprios e seu tempo de germinação.
Podemos,
por exemplo, sentarmos quietos e relaxados para nos visualizarmos como uma
semente, banhada pela luz superior, movida pela energia crística e pela graça
divina. Podemos nos banhar em luz e refletir essa luz.
Poderíamos
pensar que uma grande luz, um grande e claríssimo sol nos banha e colocar
assim, em pleno movimento o entreabrir de nossa semente. E, a partir daí,
deixar que a luz e o silêncio trabalhem em nós. É uma forma de contemplação e
meditação que, naturalmente, pode ser substituída por muitas outras formas que
sejam adequadas a outros temperamentos, finalidades ou missões pessoais e
humanas.
O
importante, entretanto, é que um trabalho interno positivo seja feito e
repetido sempre – em oração ou serviço à coletividade – para que se inicie um
movimento interno de rompimento da casca, da semente e de iluminação de nossos
recantos mais sombrios ou recursos mais adequados a cada um.
O renascer na luz é um convite feito a todos, ninguém está
excluído dele; é um convite ao qual mais cedo ou mais tarde deveremos responder...
E nos maravilhar com os resultados obtidos se tudo fizermos buscando o melhor e
o mais belo.
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