domingo, 9 de junho de 2013

Somos Sementes



É bem conhecido e oportuno o simbolismo da semente comparada ao processo da evolução humana. Afinal, somos todos sementes, potencialmente árvores, flores e frutos. Se fosse consciente, possivelmente, a pequena semente não acreditaria que ela já é uma árvore completa; desde que deixa de ser apenas semente.
         Também nós, sem rompermos nossas cascas mais densas, nossos preconceitos, nossos limites fechados, não externaremos nem veremos o que somos; a luz já presente, a energia divina em manifestação do seu próprio plano.
         Uma semente por melhor e mais preciosa que seja, deve passar do estado passivo e estático para o dinâmico e ativo da realização progressiva, do crescimento, da floração e da frutificação. Só assim nosso ciclo se expande em consciência e se realiza no seu infinito potencial. Da infância de sementes, passamos à adolescência do crescimento, às vezes, com alguns embaraços, mas trabalhando para o aperfeiçoamento.
         Cada um tem o seu potencial e o seu fruto próprio, nessa passagem pelo plano terreno. Não devemos permanecer sementes, nem copiar a floração alheia. Deixemos que a nossa semente germine no solo que lhe é adequado, na estação que lhe é própria e com o fruto mais perfeito que lhe é peculiar.
         Todas as sementes são luminosas, mas cada uma apresenta sua cor, som, forma e número próprios e seu tempo de germinação.
         Podemos, por exemplo, sentarmos quietos e relaxados para nos visualizarmos como uma semente, banhada pela luz superior, movida pela energia crística e pela graça divina. Podemos nos banhar em luz e refletir essa luz.
         Poderíamos pensar que uma grande luz, um grande e claríssimo sol nos banha e colocar assim, em pleno movimento o entreabrir de nossa semente. E, a partir daí, deixar que a luz e o silêncio trabalhem em nós. É uma forma de contemplação e meditação que, naturalmente, pode ser substituída por muitas outras formas que sejam adequadas a outros temperamentos, finalidades ou missões pessoais e humanas.
         O importante, entretanto, é que um trabalho interno positivo seja feito e repetido sempre – em oração ou serviço à coletividade – para que se inicie um movimento interno de rompimento da casca, da semente e de iluminação de nossos recantos mais sombrios ou recursos mais adequados a cada um.
         O renascer na luz é um convite feito a todos, ninguém está excluído dele; é um convite ao qual mais cedo ou mais tarde deveremos responder... E nos maravilhar com os resultados obtidos se tudo fizermos buscando o melhor e o mais belo.

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