Por vezes parece-me
estar ressurgindo da neblina de um passado que já nem sei se realmente é
totalmente meu, tão diferente se põe agora junto ao meu caminho. Nossa última
descoberta é um mundo de surpresas. Tenho, por momentos a impressão de que
nunca existimos isoladamente, sem qualquer elo, por mais tênue que seja, sem
qualquer compreensão por mais sutil que nos pareça.
Isso pode ser nova vida, até ser o
começo da partida, mas sem dúvida, é uma união que não teme o tempo ou o
espaço, sem definição, sem possibilidade de perda irreparável, ainda que nos
ponha, por vezes, medrosos do real encantamento.
Nada parece-nos bastante palpável ou
positivamente estável, mas tudo é definitivamente possível nesse ressurgir de
coincidências, de paralelos, de passos em uníssono. Tudo nos é agora comum como
se fôramos, há muito, preparando esta estrada, quase nossa, que ainda não está
pronta mas, já nos deslumbra.
Tudo além deve ser Luz e, poderei
provar-lhe um dia se, novamente nos descobrirmos, exatamente no mesmo momento,
como acontece agora.
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