Despertas estão as águas, como o sonho da
manhã; plenas de luz, sem mágoa vã.
Cada
um de nós tem que ver por si, penetrar com os próprios passos o mistério das
águas mais claras, as regiões do silêncio mais completo. Só assim será dono das
descobertas; não antes, não por informações de terceiros.
O
caminho tem palavras amigas, tem marcos e tem ajudas, mas cada um deve percorrê-lo
integralmente, para conhecer suas margens e seus desvios, para tocá-lo e senti-lo
bem seu. Cada passo que se dá na luz, é nosso para sempre, mas, deve sempre ser
dado por nós, com vontade e decisão.
É
tempo de rumos definidos, de consciência plena desabrochando-se a cada hora, em
cada porta. Mas, os argumentos alheios nunca provam nada, apenas a experiência
confere validade aos roteiros. Os caminhos são muitos, os atalhos numerosos e,
cada um sabe de Si na hora da partida.
Abertos
estão os horizontes, convidando a beber em vivas fontes...
Abertos
a todos, diariamente, mostrando que os limites são pura fantasia e que além da
Terra e até das galáxias, o infinito se estende, se ilumina, inconquistado
ainda, mas não inacessível.
Quando
num momento de concentração intensa a mente o toca, nada nos é negado e, de
encantamento em encantamento, as verdades se abrem como frutos maduros, como
sementes fecundadas. É, entretanto, inútil buscar o céu antes de conhecer as
verdades da Terra. Mas, tudo se põe muito ao alcance da mão quando se define
pela jornada correta.
Abertas
estão as mentes, para germinar raízes, brotos e sementes...
O
tempo é próprio para enraizar-se em terra fértil, para exercitar-se o passo e
fazer a definitiva opção. A terra está preparada, foi regada com lágrimas e
sangue, com seiva e sereno, para que todas as sementes tenham a sua vez, para
que cada planta entregue, a tempo, sua flor ou seu fruto.
O
homem acaba de acordar para sua relação céu-terra, finito e infinito e, de cada
um se aguarda o despertar. É hora de se perceber a germinação que se desenvolve
à nossa volta. O homem primeiro percebe, depois raciocina. E, devemos ter esta
percepção como um fato, uma realização; realização é a meta maior.
É
tempo de renovar, de iluminar, de recriar. Há em cada rosto uma pergunta, uma
procura, o desejo de uma rota. E as explorações materiais exteriores estão
sendo esgotadas, desgastadas sem que supram as necessidades internas do
homem.
A
mente tocou seus mais distantes limites exteriores e volta-se agora para si
mesma, em busca de caminhos mais sutis, de respostas mais completas. Quem tem
olhos de ver, enxerga.
É
a terra que inaugura a estação do amor universal – onde o homem é só, mas é
transcendental...
A
estrela de diamante aponta no primeiro raio, poder e força crística.
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