Observa atentamente
toda a vida que te rodeia, para que nada, de importante, passe despercebido. E,
quando se olha cada flor e se mede cada passo, tudo então ganha dimensão nova.
Cada coisa tem vida própria e nada foi posto ao longo do caminho sem que nos
fosse necessário e representasse, para nós, uma lição.
Observada, atentamente, toda a vida
começa a desdobrar-se e ampliar-se mostrando-nos um nunca acabar de revelações.
Pacientemente reparados, cada objeto, cada planta ou animal, nos revela sua
força anterior, nos comunica sua própria lição de vida trazendo-nos o
enriquecimento do caminho.
A superfície, ou o superficial, é e
será sempre o encontro de um âmago em expansão, sempre pronto a nos transmitir
suas vivências, a acordar os roteiros sutis que, no atropelo e na confusão de
cada dia, adormeceram e nos fizeram estranhos, num mundo mais estranho ainda.
Estamos no tempo de experiências que
começam na Terra e se perdem entre os astros; estamos no início de percepções
que procuram aflorar-se em cada silêncio, para que o sentido da vida penetre a
todos e a tudo. É hora de que se intere das origens que fazem da vida a grande
comunhão.
É tempo de desapegos e de buscas
pessoais para que cada um trilhe o seu caminho e não fique à espera de que
alguém faça por ele o trajeto, o crescimento, o caminho e a experiência da luz.
Muitas palavras são gastas em
explicar o inexplicável, pois todo o sentido da realidade está preso ao
conhecimento de cada hora e a profundidade de cada busca.
Por isso é que foi dito: “a palavra
só vem com o conhecimento. Alcança o conhecimento e alcançará a palavra.” As
palavras são marcos na estrada, só a busca realiza o milagre das respostas
incompletas.
Todo dia começa para uma lição nova
e quanto mais se aproxima de sua mensagem, maior chance se tem de encontro, de
conhecimento.
Um dia, então, no meio de todas as
buscas, vem o tempo do amor que tudo explica, vitaliza e refaz. O problema é apenas, ir ao encontro da
verdade interior, pacientemente, repetidamente, até que a harmonia se faça e os
planos do tempo sejam postos de lado, um por um, como exercícios aprendidos,
superados.
E, se estas palavras, de repente, te
parecerem irreais lembra-te que só o conhecimento pode alcançar todo o sentido
da palavra e cada um toma dela, apenas, a verdade que lhe é dada conhecer.
Confia no silêncio e no tempo das
rosas desabrochadas. Elas te trarão o perfume esperado.
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