O
caminho para Deus começa junto de você, dentro de sua casa. Inútil é buscar um
encontro maior com Deus enquanto não há harmonia entre os que convivem com
você. Se o relacionamento com o marido/mulher, com os filhos, pais, irmãos,
cunhados, etc. não vai bem, trate de melhorá-lo antes de buscar uma “técnica”
de relaxamento ou uma forma de oração em grupo, etc. Se você tem uma oferenda
para Deus, reconcilie-se primeiro com seu irmão, depois vá ao altar de Deus.
E, na reconciliação, não tente
apenas culpá-los, antes procure onde você falhou, pois nós atraímos e
contribuímos diretamente para as situações que nos rodeiam: estamos na raiz de
todas elas, hoje ou no passado. Investigue-se.
Ainda que você esteja convencido de
que tudo faz pelo bem de todos os seus,
aprenda a colocar-se no lugar deles, aprenda a não “enquadrá-los” em seus
pontos de vista, procure, antes, amá-los tão intensamente que seu amor os
envolva sem asfixiá-los, sem escravizá-los. Um amor profundo, ao mesmo tempo
que libera, prende pela doçura, pela compreensão, pelo esforço em acertar, em
dialogar, em envolver em carinho.
Você pode estar vendo só o seu ponto
de vista e estar esquecendo-se do carinho, do amor; a intolerância pode estar
acentuando a reprovação, a crítica, a queixa, a irritação, a lamentação, etc.
Lembre-se que só depois que você
harmonizar-se corretamente, com todo o seu ambiente, terá mais chance de
relaxar-se, de encontrar-se, de tocar planos mais profundos de seu ser e colher
aí a alegria duradoura, o crescimento verdadeiro, a realidade mais plena de sua
Vida. Encontra-se aí sua unidade com Deus, ou o reconhecimento de que tudo de
que você precisa está e sempre esteve ao seu alcance, dentro de você. Desde que
você esteja dentro das Leis universais do amor e da fraternidade.
Quer no mundo visível ou invisível,
quer saibamos ou não, só há um Poder, e esse poder é benéfico. Quer aceitemos
ou não, quer saibamos ou não, só há um comando, um poder. Tudo foi por Ele
criado e fora dele nada existe.
Mesmo quando pensamos e dizemos que
Deus não existe, que estamos fora de seu
amor e proteção, estamos apenas passando por crises, por testes ou por etapas
de crescimento real e integral. Muitas vezes é a dor e o revés que nos
despertam para uma vida nova, para valores até então encobertos para nós.
Só há uma Vida, e essa vida é
perfeita e é ela que nos dá vida, dons ou plenitude.
– E por que adoecemos, fracassamos e envelhecemos?
–
Simplesmente porque não estamos conscientes do que somos, e das leis sábias que
nos regem, ou porque infringimos as leis mais elementares da vida universal.
Porque nos parcializamos, nos dividimos, nos fechamos ou rebelamos contra as
leis do amor e da fraternidade universais. Porque preferimos a expressão exterior
à expressão integral do homem. Hoje se diz muito: queremos ser e não ter.
Dizemos mas não sabemos ainda viver esta realidade de ser. Pensamos que para
ser é preciso ter cada vez mais, no plano exterior, quando, quase sempre, é até
o contrário.
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