Há
pessoas que têm dons excepcionais de vidência, clariaudiência, etc., que não
conseguem ser felizes. Pelo contrário, se embaraçam na própria paranormalidade.
Talvez
seja por isso que muitos instrutores espirituais nos ensinam que, na meditação,
se começarmos a ter visões ou outro fenômeno, devemos pedir à Deus que nos
afaste destas manifestações. Elas nos tiram da meta verdadeira que é a
realização do que somos, da nossa natureza divina e do contato com o Cristo
interno.
Os
fenômenos audíveis, visíveis e coloridos, pertencem ao plano astral. Ao baixo
ou ao alto astral, porém ao primeiro nível depois do plano físico em que
vivemos. E lá como aqui, podemos nos confundir facilmente ou até
desestruturamo-nos conforme o contato que fizermos.
Muita
gente faz tudo para ser vidente, mas, sabe-se que a vidência no astral é,
geralmente, carma difícil e doloroso. Só os níveis mais elevados e sutis podem
nos trazer luz.
O
importante não é ver além da matéria ou ouvir vozes, o importante é, através da
purificação da mente, do caráter e da reta ação, atingir níveis mais altos de
consciência e conhecimento. É preciso
trabalhar dentro das leis divinas do perdão, do amor, da cooperação, da
fraternidade e do aperfeiçoamento. Só cumprindo sempre as leis divinas pode
alguém atravessar, sem risco, o ilusório e denso plano astral.
Aqueles
que desejam e fazem o bem a todos, especialmente aos que, carmicamente são
postos ao seu lado, pelas circunstâncias da vida é que, se elevam mais e
encontram a luz e os campos da paz.
O
plano astral é percebido pelo plexo solar e os planos superiores, pelo centro
cardíaco ou pelos acima dele.
É
preciso que busquemos Deus e sua plenitude, na luz crística posta ao alcance de
todos, e não, na paranormalidade confusa e difícil.
É
preciso nos centrarmos naquilo que é divino em nós, da forma mais intensa e
completa que pudermos. É isto que abre, para todos, os caminhos futuros da
raça. E isto se faz, não apenas pela prece e a meditação, mas pelo pensamento e
ação corretos, a cada dia.
Nada
nos pode atingir, se não houver sido, de alguma forma, atraído por nós mesmos.
Não se deve procurar fenômenos ou companheiros de fenômenos, mas se aquietar e
pedir orientação e ajuda a Deus onipresente em cada um: Ele “ensinará a todos”,
diz a Bíblia. Precisamos ir ao Cristo interno, diretamente e pedir-lhe proteção
e guia. Em sintonia correta com a fonte, as ilusões de superfície se desfazem.
Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida; não se contente com menos do que isto.
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