ELE veio e disse: “Eu sou a Luz do mundo:
amai-vos uns aos outros...”. Mais de dois mil anos se passaram e a humanidade
aprendeu muito pouco de sua mensagem, do seu exemplo e do exemplo daqueles que
o seguiram de perto por todos estes séculos.
A
maioria não tem feito do amor, da paz e da justiça o seu lema mas, ao
contrário, o homem voltou-se cada vez mais intensa e sofisticadamente para as
formas de agressão pessoal, familiar, de grupo e de nações.
A
humanidade cresceu não em fraternidade e amor, mas em desejo de domínio, em
ataques e contra-ataques, em guerras e em lutas sangrentas e violentas.
Esqueceu-se da compreensão, do perdão, dos caminhos da remissão e da salvação
para planejar sequestros, assaltos, invasões, rebeliões de toda ordem.
O
mundo de hoje pensa menos em aplacar a fome dos famintos, em educar os
analfabetos, em socorrer os miseráveis e doentes do que em inventar armas e
mais armas, cada vez mais terríveis e potentes, pensa em mentir, em enganar, em
lesar, em roubar, em violar, etc., como se algum mal – ou algum bem – pudesse
ficar encoberto para sempre, ou como se esta passagem pelo mundo da matéria
fosse a única meta do homem, a única vida que lhe fosse dada.
Depois
de mais de 2 mil anos, a humanidade ainda não se sente irmã, não se vê como
unidade,não percebe que o que fazemos hoje retorna a nós algum dia, não comunga
em amor,não ama o próximo, sua família, sua cidade, seu país com aquele amor de
unidade e fraternidade.
Os
dirigentes das maiores nações não encontraram ainda o modelo do homem integral
para sustentá-las e defendê-las, dentro de leis inspiradas pela sabedoria de
todos os tempos e permanecem numa corrida armamentista que só pode levar à
destruição total. E essa obsessão pelo ataque e a defesa, o poder e a força,
cria um clima internacional de violência que contagia sempre as mentes mais
fracas e menos abertas à luz universal e ao plano de sabedoria e amor de Deus,
para toda a humanidade.
Nesse
clima cada vez mais denso, mais sufocante e aterrador, muitos perdem o rumo da
vida eterna que vai além da fronteira da morte física e se embaraçam cada vez
mais na escuridão da ignorância e no desacerto da própria paz interior.
Os
que pregam a paz, os que trazem a luz são geralmente as maiores vítimas das
trevas que envolvem cada época. Foi assim no tempo de Cristo condenado e morto,
foi assim com Lincoln, com Gandhi, com Kennedy, com Luther King, com Mandela e
com tantos outros.
Atualmente
milhares matam, roubam, sequestram, suicidam-se, agridem, mentem, torturam,
etc., porque perderam de vista o ensinamento luminoso do Cristo, daquele que é
o Caminho, a Verdade e a Vida. Muitos estão esquecidos que são templo da Vida Una
que quer se manifestar em todos e não apenas em alguns. Muitos, muitíssimos,
ainda não se fazem terreno fértil para a semente luminosa que lhes foi dada e
atolam e regridem caindo nos abismos da escuridão. Que se murem as portas do
ódio e do mal.
Os
bons exemplos precisam partir dos maiores, dos mais poderosos, dos detentores
de toda sorte de poder e força, para que o mundo amadureça em amor, paz e
alegria permanentes; para que a aura do nosso mundo manifeste mais luz e
dissolva as trevas dos violentos.
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