Quase
todo o caos e desespero humano, em que grande parte da humanidade está vivendo,
muito do desencontro das gerações, é devido a um fato simples, mas não aceito o
suficiente. O homem está querendo viver,
apenas, parte de sua vida, e a parte menos importante e mais falível, a
matéria. Composto de corpo, mente e alma – três graus diferentes da vibração
original – estamos, a cada hora, nos identificando apenas com o corpo, nossa
mais grosseira forma de expressão.
Corpo
e mente são nossos preciosos instrumentos de trabalho nos seus respectivos
planos e não, nossa realidade maior. Respeitá-los e atendê-los é correto; ser
escravos deles é absurdo. Estamos aqui para conhecermos quem somos, para
penetrarmos nossa realidade e testarmos nossas potencialidades trilhando o
caminho divino.
Mas,
por ignorância, estacionamos nos planos da matéria, limitamo-nos dentro das
leis físicas, ou, quando muito, fazemos incursões desajeitadas entre as leis
psíquicas. Cientistas e psicólogos fazem “descobertas”, mas a grande maioria
vive ainda a vida rudimentar do corpo físico e muita gente se orgulha até
disso. Quem se atreve a conhecer mais é visionário.
Diz
um texto Sufi que é ignorante o homem que conhece só o rés do chão de sua casa
e que pensa que vai morrer quando subir ao primeiro andar e conhecer outro
plano. Vida e morte são meros desdobramentos na escala cíclica do aprendizado e
só o desconhecimento das leis que regem ambas, pode gerar o medo ou a negação
da realidade.
O
homem é apenas uma parcela da criação e o processo criador universal é um
constante desdobramento de cada criatura. A vida, no nosso planeta é a soma
total dos princípios aqui criados, diz um dos Mestres. Assim, as criaturas
pensantes, sendo a forma mais elevada da criação na Terra, são as mais
responsáveis pela forma de evolução aqui estabelecida.
Cada
ser humano é uma célula viva na engrenagem do aperfeiçoamento deste mundo. E
cada um que se omite ou promove o desequilíbrio da harmonia coletiva é diretamente
responsável. Sem amor não há verdadeira criação e o amor mais perfeito é o amor
universal. Portanto, deve-se amar o maior número possível de coisas e seres à
nossa volta. E, deve-se alegrar de se
poder amar até aquilo que inicialmente, nos pareceu desagradável como tarefas,
lugares, pessoas, etc. Isto é ensinamento dos Mestres, em especial do Cristo
vivo.
Sem
amor não se pode chegar à luz, e, sem luz, todos os caminhos nos levam à
involução e às trevas. Através do amor a visão do homem toma novos ângulos de
compreensão e ampliam-se seus contatos com sua realidade interna. O amor é
curativo, pacificador e equilibrante, restaura e harmoniza; nele tudo se
ilumina e tudo se explica. O amor aplaina todas as sendas, no seu plano a luta
é mais mansa, o serviço mais leve, nele é maior a capacidade de agir, de
ensinar, de desvendar e de vencer obstáculos.
O amor tudo cria e tudo transforma.
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