sábado, 6 de dezembro de 2014

Desencontro de Gerações

Quase todo o caos e desespero humano, em que grande parte da humanidade está vivendo, muito do desencontro das gerações, é devido a um fato simples, mas não aceito o suficiente. O homem está querendo viver,  apenas, parte de sua vida, e a parte menos importante e mais falível, a matéria. Composto de corpo, mente e alma – três graus diferentes da vibração original – estamos, a cada hora, nos identificando apenas com o corpo, nossa mais grosseira forma de expressão.
Corpo e mente são nossos preciosos instrumentos de trabalho nos seus respectivos planos e não, nossa realidade maior. Respeitá-los e atendê-los é correto; ser escravos deles é absurdo. Estamos aqui para conhecermos quem somos, para penetrarmos nossa realidade e testarmos nossas potencialidades trilhando o caminho divino.
Mas, por ignorância, estacionamos nos planos da matéria, limitamo-nos dentro das leis físicas, ou, quando muito, fazemos incursões desajeitadas entre as leis psíquicas. Cientistas e psicólogos fazem “descobertas”, mas a grande maioria vive ainda a vida rudimentar do corpo físico e muita gente se orgulha até disso. Quem se atreve a conhecer mais é visionário.
Diz um texto Sufi que é ignorante o homem que conhece só o rés do chão de sua casa e que pensa que vai morrer quando subir ao primeiro andar e conhecer outro plano. Vida e morte são meros desdobramentos na escala cíclica do aprendizado e só o desconhecimento das leis que regem ambas, pode gerar o medo ou a negação da realidade.
O homem é apenas uma parcela da criação e o processo criador universal é um constante desdobramento de cada criatura. A vida, no nosso planeta é a soma total dos princípios aqui criados, diz um dos Mestres. Assim, as criaturas pensantes, sendo a forma mais elevada da criação na Terra, são as mais responsáveis pela forma de evolução aqui estabelecida.
Cada ser humano é uma célula viva na engrenagem do aperfeiçoamento deste mundo. E cada um que se omite ou promove o desequilíbrio da harmonia coletiva é diretamente responsável. Sem amor não há verdadeira criação e o amor mais perfeito é o amor universal. Portanto, deve-se amar o maior número possível de coisas e seres à nossa volta.  E, deve-se alegrar de se poder amar até aquilo que inicialmente, nos pareceu desagradável como tarefas, lugares, pessoas, etc. Isto é ensinamento dos Mestres, em especial do Cristo vivo.
Sem amor não se pode chegar à luz, e, sem luz, todos os caminhos nos levam à involução e às trevas. Através do amor a visão do homem toma novos ângulos de compreensão e ampliam-se seus contatos com sua realidade interna. O amor é curativo, pacificador e equilibrante, restaura e harmoniza; nele tudo se ilumina e tudo se explica. O amor aplaina todas as sendas, no seu plano a luta é mais mansa, o serviço mais leve, nele é maior a capacidade de agir, de ensinar, de desvendar e de vencer obstáculos.
O amor tudo cria e tudo transforma.

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