sábado, 20 de junho de 2015

Ciclo de Revelação

Quase ninguém está ainda plenamente consciente ou sequer sabe que, em cada ser humano Deus revela-se um pouco. De forma mais primitiva, Ele mostra-se também nos animais, plantas e minerais: ou de forma grandiosa nas estrelas e galáxias, pois tudo revela sua onipresença.

Portanto, a meta, não apenas a do místico, mas a de todos os homens é reconhecer, e depois tornar cada vez mais possível, essa revelação do Divino no plano da matéria, ainda em ciclos evolutivos.

A vida que flui em nós é da mesma fonte que se manifesta nos santos, nos iluminados de todos os tempos. A diferença está unicamente no grau de receptividade e aspiração de cada um. Nós geralmente distorcemos com ideias e conceitos primários, em próprios e até egoístas a manifestação da vida una que não chega a se externar na sua plenitude. Ordem e amor são a sua natureza.

Porém, mesmo a vida que se manifesta no plano mais imperfeito inferior ou primário, tende sempre para um gradual e constante aperfeiçoamento, ainda que a maioria não tenha disso pleno conhecimento. Tudo no homem ou na Natureza ainda vai sendo atraído para um campo de maior luz, mais equilíbrio e amplitude que é o amor onipresente do Pai, centro de toda coesão.

Essa expressão de vida una, numa escala do mais inferior para o mais superior é compreendida pela meditação segundo os que já passaram pela experiência elevada ao êxtase ou ao samadi. Estes estados suprassensoriais rompem as barreiras e limites do homem comum e o integram numa dimensão de unidade e bem-aventurança onde a visão e compreensão de uma realidade nova são diretas.

Devemos nos lembrar de que a vida humana é dual; a alma se expressa como princípio vital através do coração e da mente em todo  sistema humano. São dois centros de energias diversas, um no coração e o outro na cabeça, na parte física do ser humano.

Todo o mundo fenomenal é o exterior de Deus e, a meditação, torna-se um dos pontos de contato do homem externo, ou a personalidade, com a essência divina que o anima e o faz filho de Deus, ou seja, consciente da onipresença em sua vida.

Todas as carências e problemas que nos afligem nascem da falta desta sintonia constante, ou seja, a unidade com a fonte perfeita. É importante, portanto, sempre buscar correta e disciplinadamente o contato com a semente Divina em nós.

A meditação é o processo pelo qual a mente comum é reorientada para afastar-se do mundo superficial insatisfatório e entrar em outro nível de consciência, sempre que o desejar. Só assim, nossas crenças podem transformar-se em fatos reais e nossas teorias em experiências sublimes.

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