O povo diz, com a sabedoria que só o povo tem: “não há bem
que sempre dure, nem há mal que sempre ature”.
Para vivermos melhor, precisamos aprender a olhar a vida como
algo sempre em movimento, sempre passageiro e cheio de fatos novos, que muitas
vezes transcendem o nosso controle. É preciso aceitarmos que tudo tem uma razão
de ser, razão esta que nem sempre fica, de imediato, muito clara e confortável
para nós.
Se nossa mente estiver sempre consciente de que somos como um
rio, que corre e passa por trechos diferentes em seu caminho para o grande mar,
muito sofrimento seria poupado e poderíamos ser mais calmos e bem tranquilos e
confiantes no amanhã. Nós daríamos menores dimensões aos aparentemente grandes
sucessos ou grandes problemas.
A nossa vida, que corre como um rio, tem por meta o mar da
criatividade e o amor de Deus, o mar da bem-aventurança de que falam as
religiões. Aí só chegamos pelo rolar, ora manso, ora revolto do leito por onde
passamos e pela energia magnética das grandes cachoeiras.
A expansão da consciência é, geralmente, um parto cheio de
dor e de alegrias, é uma nova vida que desponta e, confiar nas mudanças com a
mente alegre e em paz, é prova de sabedoria.
Viver é sempre transformar-se e harmonizar-se com as
mudanças.
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