Ontem, choveu estrelas em nossa noite clara e fomos retirados
do tempo, para um instante de participação na festa universal.
Ontem, era data de encontro e não havia segredo para ninguém;
pelo contrário, os portões estavam abertos e o caminho sem barreiras. Porque
havia silêncio e o clima era tranquilo, as vibrações tocaram mais de perto as
cordas sensíveis e o som da criação formou a primeira escala; assim, como se a
música fosse o início da vida. Todos os que tinham o ouvido apurado o
perceberam.
Agora, os livros estão abertos ao mundo, as comunicações
estão ao alcance de quase todos e basta focalizar, por um momento, o grande
silêncio, para que as luzes se manifestem na tela interior e acordem o hóspede
que desceu à terra.
As horas estão fugindo, rapidamente, assinaladas por deveres
inadiáveis e os caminhantes da paz estão fechando o cerco. Quem puder,
defina-se.
Ontem choveu luz em nossa noite e as estrelas foram
compartilhadas com os companheiros que se sentaram no mesmo solo amarelo da
preparação.
Já temos revelado que, no momento, compete-nos dar testemunho
da existência da luz e do convite geral que, sutil, mas em fase crescente, se
espelha pelo mundo. Por isso contamos sobre essa noite iluminada, onde as mãos
foram dadas e velas se acenderam no templo com um brilho novo; prepara tuas
mãos...
De repente, no meio das claridades, vê-se como são curtas as
palavras e imperfeita nossa tentativa de colocar vivências ao alcance de cada
porta.
A madrugada ronda o mundo e, o silêncio prenuncia a chegada,
a presença, o encontro.
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