quinta-feira, 29 de julho de 2010

Chamando Deus

Vivemos hoje tão cheios de preocupações, desejos e saudades que nem sabemos classificá-los. Mas são todos desejos da presença de Deus, do contato que perdemos com Ele. Saudade da eternidade e da vibração musical do cosmo que nos convida, a cada dia, a cada hora a estarmos inteiros, com os pés no chão e a alma nas estrelas; a mente elevando-nos e o peso do mundo chamando-nos.
Temos deixado uma sobra junto de nós, enquanto o sol brilha e nos diz, estou aqui, estou presente. Enquanto a lua brinca com nossa fragilidade de não estarmos ainda unidos às galáxias e ao dinamismo dos astros. Somos crianças brincando num jardim transitório, desfolhando as flores pelo caminho.
Entretanto, prosseguimos na estrada sem sabermos se ela é curta ou longa, florida ou cheia de espinhos.
Mas lembramos sim, de cada passo de nossa presença nessa Terra, sempre envoltos na saudade da presença de Deus e seus invioláveis mistérios. Território do novo e do surpreendente.
Sempre é dia de contemplação e de comunhão, pois estamos sempre acalentando doloridos desejos do infinito, doídas saudades do lar onde fomos criados e que nos atrai e convida ao regresso.
Saudades dos tempos passados, dores nos passos presentes que não sabem levar-nos à luz radiosa e onipresente de Deus. Sobre nossas vidas pesam as dúvidas, os mistérios, as encruzilhadas que nos aprisionam numa busca sem fim.
Há no mais profundo de cada ser aquela verdade que insiste em permanecer oculta, e só aparece nos olhos de quem sabe ver nas transparências sutis da matéria. Quando permitimos que venha à tona o mais secreto do coração.
Os impulsos divinos não nos permitem permanecer no mundo da mediocridade, criada como divertimento ou vaidade.

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