Outro dia, encontramos um pedaço do passado-remoto que envolve muita gente hoje conhecida e admirada.
Estudávamos na 1ª. Turma da Escola Guignard (era então no parque) e logo formou-se um grupo amigo e muito afim: entre outros, Mário Silésio, Amílcar de Castro, Mary Vieira, Maria Helena Andrés, Farnesi Andrade, Heitor Coutinho, Chanina, Bax, Solange Botelho, Marília Gianetti e muitos outros.
Ao grupo, juntavam-se, quase sempre, os jovens poetas e literatos da época. Entre eles, Hélio Pellegrino, Edmur Fonseca, Sábato Magaldi, Otávio Mello Alvarenga e o depois jornalista conhecido Wilson Figueiredo; além deles tantos outros que foram tomando seus rumos de crescimento na literatura, jornalismo, ciência, etc. Tínhamos então uma sala no Edifício Sulacap, no centro de BH, onde sempre nos reuníamos para papos artísticos diversos.
Na ocasião, o grupo de literatura publicava os cadernos mensais “Edifício” dirigidos, se não me engano, por Wilson e Otávio Alvarenga. Neles o grupo publicava, a cada número, suas iniciações literárias.
O caderno número 2, que estava entre os meus guardados, trazia poemas de Hélio Pellegrino, na ocasião estudante de medicina e muito amigo de meu irmão, também médico, Ângelo Laborne. Hélio, depois foi grande psiquiatra no Rio de Janeiro.
O “Edifício” número 2 trazia os poemas “Poema do Príncipe Exilado” e “Deixa que eu te ame”, do inquieto Hélio... Retirei do primeiro assim ao acaso, esse pequeno trecho:
“A pérola, a gravata, o anel cravejado?
Quem sou eu que de repente abre a porta,
Quem sou eu que de luto amanhece entre jornais,
e pela noite traz um cravo e um sorriso no automóvel?
Quem sou eu que respiro entre escuros volumes
frios de fria morte encadernada!
Quem sou eu que com um alfinete adormece a Amada
para cruzar descalço os ladrilhos transversais,
à procura do passado?”
Assim era o saudoso Hélio e o saudoso tempo da fundação da Escola Guignard, dos cadernos do “Edifício” e dos antigos tempos que passam, e não morrem, mas se repentem e gritam: “ESTOU AQUI”.
Sobre Hélio Pellegrino, acesse sua biografia nesse link: http://www.releituras.com/helpellegri_bio.asp
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Contatos:
FAXINA – Ouvimos no dia 24/08 a nossa poderosa presidenta dizer em dois telejornais da TV: “eu não estou fazendo faxina nem no Governo nem nos partidos. Faço sim faxina nos pobres do nosso País."Achamos então que é hora da nossa presidenta olhar para os mais idosos aposentados ou pensionistas. A cada ano tudo sobe no País, porém eles ficam cada vez mais pobres (de dinheiro), sem o vínculo de recebimento da data em que foram aposentados.
Um comentário:
Célia, estou na sua página, "Vida em Plenitude"... Neste momento, estou fazendo a montagem dos áudios do seu podcast.
Espero conseguir que essa homenagem esteja à altura da importância do seu belo trabalho.
Saudações cordiais,
Daniel Amaral
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